Comecei a frequentar estádios de futebol ainda menino: no final da década de 1960. Já assistia a grandes jogos de futebol pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa. Naquela época, o Inter ainda não havia inaugurado o Beira-Rio e, portanto, mandava suas partidas no Estádio Olímpico, do Grêmio.

Me acostumei a ver grandes times de Rio e São Paulo jogando contra a Dupla. Em uma dessas ocasiões, por exemplo, testemunhei Pelé acabando com um jogo por meio de jogadas improváveis e geniais. Em outras oportunidades, vi grandes times de Palmeiras e Corinthians, mas Grêmio e Inter não eram presas fáceis. Não foram raras as ocasiões em que os times gaúchos dominaram aquelas verdadeiras Seleções Brasileiras. Faziam isso com muita garra, raça e com um futebol diferente do disputado no resto do país. Naquela época, esse estilo de jogar era bem diferente do modo clássico como os grandes clubes do centro do país adotavam.

Leia outras colunas da Paixão Colorada

Expectativa
E é isso que espero do Colorado no próximo domingo. Que dispute a partida com muita vontade de vencer. Que ocupe todos os cantos do campo. Que tente encurralar o Corinthians, por mais poderoso que seja esse adversário. Que se inspire nos jogadores do final da década de 60, e recebam o time visitante com aquela postura de "aqui não".

Se isso acontecer o Inter, estanca de uma vez por todas a "zica" que se estabeleceu nos lados do Beira-Rio e parte para uma performance mais condizente com sua grandeza.

*Diário Gaúcho