No futebol e na vida, sempre que deparamos com o insucesso, a tendência é tomar providências.

O que mais assusta na situação do Inter, em relação a iminente queda para a segunda divisão, é a aparente inoperância das pessoas que podem tomar as providências.

O que se viu no jogo de segunda-feira contra o América-MG foi, seguramente, uma das passagens mais tristes da história do Colorado. Quando o primeiro tempo se encerrou havia, entre os torcedores, um clamor unânime para que Celso Roth fizesse modificações no time. O Inter não poderia ser aquilo que se viu. Sempre fomos mais aguerridos, mais técnicos, mais focados e sobretudo, mais indignados.

O time voltou para o segundo tempo com a mesma formação do primeiro e repetindo os mesmos erros que já vinha cometendo. O desespero foi se abatendo sobre a torcida, que via, perplexa, seu time inerte. O gol do adversário no último minuto da partida foi só a cereja de um bolo abatumado e que estava estragado havia tempo.

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Indignação
O que se espera, a partir de agora, mesmo que seja extremamente complicada a situação do Inter, é que se tomem providências. A torcida precisa saber que alguém está agindo. Se a queda para segunda divisão é inexorável, que ao menos seja de forma indignada.

Não há de se falar em culpados neste momento. O que queremos ver, agora, é uma reação. Queríamos ver o time lutando bravamente para não deixar acontecer o que se avizinha. Os culpados, a historia identificará e nomeará, um por um, no momento adequado.

*Diário Gaúcho