O Colorado segue na luta quase impossível contra a queda para a Série B, mas, na prática, já joga como uma equipe rebaixada. Contra o Corinthians, na noite de ontem, se encolheu feito um bicho assustado mesmo precisando vencer e terminou o primeiro tempo com menos de 40% da posse de bola e nenhuma conclusão a gol.

O pênalti em favor dos paulistas arrumado pelo juiz (que não viu os cotovelaços alvinegros) só agravou uma triste situação: já faz muito tempo que o Inter pratica um futebol decadente, sem rumo, sob o comando de dirigentes ultrapassados. Quando foi a última vez em que jogamos três ou quatro partidas em sequência com qualidade de Série A?

Mesmo quando Argel enfileirou bons resultados, via-se que eram obra do acaso e da estratégia limitada de passar o jogo se defendendo e apostando em um contra-ataque salvador. Com o passar do tempo, a verdade apareceu. Mas a crise no futebol colorado tem origem ainda antes, na virada de 2010 para 2011, justamente com a dupla Vitorio Piffero e Celso Roth no comando.

Gestão catastrófica
O que era ruim sob Giovanni Luigi se tornou catastrófico sob Vitorio Piffero. Arrogância de Premier League, gestão de torneio de condomínio. Desde então, o Inter jamais teve uma política clara de futebol. Jamais definiu um estilo de jogo a ser implantado. Sempre foi uma equipe irregular, marcada pela aposta em repatriar jogadores, técnicos e dirigentes. A derrota para o Corinthians foi dolorosa, mas esteve longe de ser uma surpresa. Pobre Inter.

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*Diário Gaúcho