Paixão Colorada
Zé Victor Castiel: "Estímulo, paciência e aplauso"
Ao Beira-Rio. Não existe outra opção. Mais uma vez chegou a hora. Esqueça essa história de ajudar o time. É mais do que isso.
O Inter precisa que nós, torcedores, joguemos junto. Os três pontos são obrigatórios. E aí mora a armadilha.
Ouvi a história de um amigo. Ele estava na praia, no verão, e foi tomar um banho de mar. Caiu em um buraco e começou a tentar sair. Quanto mais tentava, mais cansado ficava e se debatia. Estava quase sem fôlego quando se deu conta de que só sairia dali se tivesse calma. Calma não é parar e afundar, é fazer força na direção certa. É disso que o Inter precisa hoje. Calma, mas não apatia. Velocidade, mas não correria. Ousadia, mas não precipitação. Se for assim, time e torcida, juntos, sairão desse buraco.
Nossa adversária, a Ponte Preta, está com 45 pontos. Matematicamente fora do rebaixamento e com remotas chances de chegar à Libertadores. Ou seja, jogará sem pressão. Ganhar ou perder fará pouca diferença. Nessa hora, coisas estranhas podem acontecer – a Ponte Preta não virá ao Beira-Rio para passear.
Final feliz
Não pretendo ensinar ninguém a torcer. Cada um reage do seu jeito. Mas o que o Inter precisa hoje é de estímulo, paciência e aplauso. E quem mais precisa são justamente os jogadores questionados.
O Colorado não depende mais de si, mas é nessa hora, também, que se mede o peso de uma camisa. Hoje, teremos o desfecho de mais um capítulo. Foram tantos e tão angustiantes. A única coisa que importa é que, no fim, a novela tenha final feliz. Quem escreve esse roteiro, também, é cada um de nós.
*Diário Gaúcho