Ontem, escrevi aqui que o Inter acertava em colocar em campo um time misto para enfrentar o Atlético-MG na semifinal da Copa do Brasil. Fui contestado pelo leitor Fernando Lazzaretti, que, por e-mail, escreveu: "não concordo com o seu comentário. A equipe que você trata de alternativa jogou duas vezes contra o Santos e uma com Atlético-MG. Todas de igual para igual. O time titular jogou mais ou menos contra o Flamengo durante um tempo e não passou do meio-campo contra o Grêmio, sem falar das vitórias, com as cuecas na mão, contra Coritiba e Figueira, nem falando do fiasco contra Santa Cruz."

Tudo o que o Fernando diz faz sentido. Os times ditos reservas parecem render melhor do que quando Celso Roth opta pela força máxima. Algumas modificações poderiam ser feitas imediatamente: retirar William do meio e recolocá-lo na lateral direita; trazer Ceará para a lateral esquerda e trocar Alex por Seijas ou Anderson.

A grande verdade é que o Inter não tem seu time ideal, e estamos em novembro.

Depois de receber a manifestação do leitor, percebi que o Colorado não possui um time reserva, pois não consegue nem manter a convicção em um time-base.

Crime no domingo
Mesmo com o Galo não conseguindo editar em campo grandes atuações, proporcionais ao seu forte elenco, será muito difícil reverter o resultado do primeiro jogo. Torço muito para que isto aconteça, mas meu coloradismo me permite apenas pensar que seria muito possível cometer um crime no próximo domingo contra o Palmeiras. Está na hora de o Inter obter um bom resultado fora do Beira-Rio e, se tivesse de escolher, optaria por um triunfo contra os paulistas na próxima rodada do Brasileirão.

*Diário Gaúcho