Os trágicos acontecimentos dos últimos dias causaram, além da comoção e da perplexidade, um festival de desentendimentos e fatos desencontrados.

Declarações desastrosas, interpretações erradas, ânsia por julgamento sumário, agressões verbais, intolerância, animosidades e belicosidade se proliferaram. Parecesse que retornamos à Torre de Babel.

Já escrevi aqui e repito que não há nada mais importante do que a vida humana. Não reconheço, no futebol, qualquer importância que possa sobrepujar a perda incomensurável que tiveram as pessoas com familiares naquele voo.

Entendi as manifestações vindas do Internacional, por meio de seus dirigentes, como uma tentativa desastrada, abrupta e intempestiva de se posicionar diante da tragédia. Isso gerou uma série de interpretações, que unidas com imensa vontade de se descobrir culpados, tornou-se uma execração pública.

Minha posição é muito simples. Seja qual for a decisão que os clubes tomarem com relação às suas presenças ou não nos jogos da última rodada do Brasileirão, devem ser rebaixados aqueles que têm menos pontos.

Enfrentamento com dignidade
Vamos enfrentar a Segunda Divisão com dignidade. Vamos continuar torcendo para nossos times do coração, seja onde estiverem. A única coisa que espero agora é que cessem imediatamente as declarações a respeito da competição e que tudo fique voltado para as reflexões e homenagens que se farão no retorno de nossos mortos.

Tudo em nome do respeito.

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*Diário Gaúcho