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Paixão Colorada

Zé Victor Castiel: "Os ensinamentos de 2016"

30/12/2016 - 08h06min

Atualizada em: 30/12/2016 - 08h07min


Zé Victor Castiel
Zé Victor Castiel
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Bruno Alencastro / Agencia RBS

Estamos no último dia útil de um ano repleto de surpresas, perplexidades, alegrias, tristezas, readequações, resignações, raivas, satisfações e, sobretudo, verdades. Ficamos diante da inexorabilidade de um impeachment, como que Gabriel Garcia Márquez tivesse escrito "Crônica da Morte Anunciada", pensando em Dilma ou "Vivir para Contarla", baseado num Congresso Nacional tendencioso e nada laico (para ser suave).

Estamos no último dia de trabalho de 2016, ano que também nos deixa várias lições, entre elas a de que não existe nenhuma situação de vitória que não se possa transformar em fracasso e que ninguém perde sempre. Ensinou-nos a grandeza da humildade no futebol e fora dele. Mostrou-nos que a falácia e a cola erguida não entram em campo e, por si só, não são capazes de subjugar qualquer adversário. Futebol é dentro do campo que se resolve, mas, sempre, com planejamento e estratégia.

Ensinou, a mim pelo menos, que a paixão por um clube não se mede pelo campeonato que está disputando. Sofri com a possibilidade do rebaixamento, para, ao se concretizar, dar-me conta de que será muito interessante e esclarecedor enfrentar e tentar vencer novas batalhas.

Muito colorado!
Finalmente, diante da tragédia, 2016 escancarou o devido lugar do que é realmente valioso, deixando claro que o futebol é bom, mas é infinitamente menor do que a vida. Agradeço, de coração, ao ano da graça de 2016, por ter me mantido aqui, vivo e são.

Ah, e muito colorado!

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*Diário Gaúcho


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