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Paixão Colorada

Zé Victor Castiel: "Valdomiros não existem mais"

06/01/2017 - 08h03min

Atualizada em: 06/01/2017 - 08h04min


Zé Victor Castiel
Zé Victor Castiel
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Ricardo Duarte / Inter,Divulgação

A notícia de que William poderia ser negociado escancara uma realidade do mercado do futebol. Pela legislação, um jogador fica dono dos seus direitos ao final de seu contrato. Ele pode até firmar um pré-contrato com qualquer outro clube 180 dias antes do término do acordo vigente. Isso obriga que os clubes renovem, antecipadamente, os compromissos e com prazos longos. Essa seria uma garantia de que os jogadores não saiam de graça para outra equipe.

Basta os responsáveis pelas carreiras dos jogadores "baterem pé" e não aceitarem a renovação para que o clube acabe não recebendo absolutamente nada. Se o jogador não quiser mais atuar pela sua equipe, é instruído a dizer que irá cumprir o contrato até o final e que sairá depois, sem nenhum lucro ao clube.

É assim que Taison está pressionando o Shakhtar, para se transferir ao Inter e é exatamente assim que, ao que parece, William está agindo.

Pensamento romântico
Se você pensa que existem jogadores que se identificam de tal forma com um clube, que desautorizam seus procuradores a usarem as brechas legais, esqueça. Por mais que um atleta seja grato ao clube que o formou ou para o qual torceu na infância, sempre pesará mais a sua independência financeira, até porque o cara tem cerca de dez anos para fazer seu "pé-de-meia".

Não acho que os jogadores sejam mercenários. Ao contrário, penso que são profissionais e estão usando mecanismos perfeitamente lícitos.

Pensem: Valdomiros não existem mais.

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*Diário Gaúcho


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