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Paixão Colorada

Zé Victor Castiel: "Entrevista de Anderson Daronco foi catastrófica"

17/03/2017 - 07h51min

Atualizada em: 17/03/2017 - 16h09min


Zé Victor Castiel
Zé Victor Castiel
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CESAR GRECO / ESTADÃO CONTEÚDO

A entrevista de Anderson Daronco foi uma catástrofe. É louvável a intenção de defender um colega, desde que o colega mereça e que a defesa tenha uma base minimamente sólida. Antes do jogo do Grêmio contra o Brasil-Pel, Daronco rebateu uma declaração de um dirigente do Inter.

Um dos melhores árbitros do Brasil, Daronco se disse incomodado com o teor das reclamações depois da marcação escandalosa de um pênalti inexistente na partida entre Juventude e Inter. Partida para a qual, vale ressaltar, ele não estava escalado.

Duas consequências são inevitáveis. A primeira é que, a partir de agora, espera-se de Daronco a mesma postura quando críticas contundentes contra árbitros forem feitas por dirigentes de outros grandes times, não apenas do Inter. Esperamos Daronco ao microfone para defender colegas duramente criticados em outros jogos no Rio Grande do Sul e no Brasil.

A segunda consequência é que, a partir do assumido desconforto de Daronco com as declarações de um dirigente do futebol colorado, o árbitro seja preservado de apitar jogos do Inter até que se recupere das fortes emoções. Ele mesmo deveria solicitar tal providência.

Ninguém questiona a qualidade técnica e a honestidade de Anderson Daronco. Mas é estranho que ele venha se manifestar justamente quando o Brasil inteiro, estupefato, critica a patuscada de um árbitro de postura prepotente, que assume o erro mas não pede desculpas aos maiores prejudicados.

Em uma coisa, Daronco tem razão. Errar é humano. Ele mesmo errou nessa entrevista. Há um momento em que a isenção de um árbitro precisa prevalecer sobre o espírito de corpo. Ou, então, que essa postura crítica vire o padrão em todos os momentos, não apenas em alguns.

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