D’Alessandro é o principal jogador do Inter. Não foi por acaso que, no ano em que foi absurdamente dispensado e emprestado ao River Plate, tenha sido a pior temporada da história do clube, que resultou na queda colorada para a Série B do Campeonato Brasileiro.

D’Ale conserva, mesmo em final de carreira, virtudes acima da média em relação a grandes jogadores brasileiros da atualidade. Continua sendo um atleta exemplar, que chega cedo e se empenha profundamente nos treinamentos. Nas partidas, então, nem se fala.

Leia mais
Danilo Silva vira opção de Zago para formar dupla com Victor Cuesta
Felipe Gutiérrez vê pontos positivos no apertado calendário brasileiro
Leandro Behs: as portas de saída do purgatório do Inter são as laterais

O problema é que, para grandes jogadores, o peso da longevidade também chega. D’Ale, por sua fisiologia, precisa ser protegido. Não é possível fazê-lo jogar todas as partidas sem poupá-lo minimamente.

Faz tempo que se identificou a absoluta necessidade de se contar no grupo do Inter com jogadores que possam atuar junto ou, no impedimento de D’Alessandro, substituí-lo. A diretoria, no entanto, não consegue achar, no mercado, atletas com as características de armadores e que sejam capazes de preencher esta carência crônica.

Profissão de fé

Por essa razão, prevejo muitos problemas flertando com o Colorado. É evidente que D’Ale, por uma ou outra razão, não poderá estar sempre em campo. É exatamente por isso que os homens que comandam o futebol do Inter precisam fazer “profissão de fé” na resolução desse problema. Um ou dois meia-armadores são prioridade.

DIÁRIO GAÚCHO