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Riscos

Os sete perigos do jogo entre Remo e Inter pela Copa do Brasil

O jogo das 19h30min, em Belém, decide um dos classificados para a terceira fase

21/02/2018 - 07h27min


Rafael Diverio
Rafael Diverio
Direto de Belém
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Ricardo Duarte / Inter, Divulgação
Time de Odair Hellmann fez o último treino antes do jogo contra o Remo no Estádio da Curuzu, em Belém

Reúne uma série de perigos a partida desta quarta-feira, entre Inter e Remo, no Estádio Mangueirão. O jogo das 19h30min, em Belém, decide um dos classificados para a terceira fase da Copa do Brasil. A partida é única, sem vantagem para qualquer lado, e empate leva a pênaltis. 

Para repetir 2014, quando aplicou 6 a 1 nos paraenses (e não 2003, quando foi eliminado), o time gaúcho se cerca: chegou um dia antes, treinou, analisou o gramado e o adversário. Tudo para avançar sem sustos. Mas de olho nos sete percalços.

Não tem vantagem

Há três fórmulas dentro da Copa do Brasil. A primeira dá vantagem ao time melhor ranqueado na CBF poder empatar para avançar, mesmo jogando fora de casa. Na segunda fase, a regra muda: um sorteio definiu mandantes e não há possibilidade de empates _ as igualdades são decididas nos pênaltis. A terceira chega depois, com partidas de ida e volta, com o fim do gol qualificado.

— O jogo de ida e volta dá a chance de recuperar. Se as coisas dão errado, se não está concentrado, se está numa noite ruim, consegue reverter no segundo. Agora, não. Agora tem de estar atento todo o tempo, não tem segunda chance — frisa o técnico do Inter, Odair Hellmann.

O susto

O Inter soube da pior forma possível que era bom ter a vantagem na primeira fase. Diante do Boavista-RJ, que poupou jogadores para o Campeonato Carioca, e “em casa” (em Cascavel), o time criou diversas chances, mas só converteu uma, com Pottker. A falta de efetividade fez o adversário crescer no final da partida e buscar o empate. E o Inter só avançou por causa da regra.

Na ocasião, jogadores e direção lamentaram o gol tardio, mas se disseram aliviados pela classificação. Desta vez, um eventual descuido pode levar a uma disputa de pênaltis.

Ricardo Duarte / Inter/ Divulgação
Inter teve dificuldades contra o Boavista no jogo da primeira fase

Pressão

A impressão que a primeira partida da Copa do Brasil deixou é de que o Inter ainda tenta expurgar 2016. Desde o rebaixamento, o time sente os jogos decisivos, principalmente quando demora a marcar gols e abrir vantagem. Exatamente o que se viu contra o Boavista. A pressão já era clara no ano passado, quando a equipe perdeu fôlego na reta final da Série B e deixou até o título escapar para o América-MG.

Por isso, as palavras de D’Alessandro servem como uma espécie de alívio na pressão:

— Há outros times na frente, Flamengo, Cruzeiro, Palmeiras. Não estamos prontos para ser campeões ainda, estamos em reconstrução.

Desfalques

Não são muitos, mas são absolutamente importantes os desfalques do Inter para enfrentar o Remo. A rigor, do grupo todo, o técnico Odair Hellmann só não conta com dois jogadores: Danilo Fernandes e William Pottker.

O goleiro será substituído por Marcelo Lomba. Contra o Remo, o reserva cumprirá seu 20º jogo com a camisa do Inter. Conta com a confiança do grupo e da comissão técnica:

— Lomba está pronto para substituir. É um goleiro de grande qualidade e experiência — resumiu o preparador Daniel Pavan.

Já o ataque ainda tem algum mistério. A tendência é de que jogue Nico López. O uruguaio não tem exatamente as mesmas características de Pottker — é mais tabelador, controlador de bola, enquanto o titular tem mais ímpeto e força para buscar lançamentos.

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Pottker se lesionou no jogo contra o Juventude e ficará fora do time por até um mês

Adversário

O Remo já viveu momentos mais gloriosos em sua história. Mas já esteve bem pior. Atualmente na Série C, o clube paraense tem uma torcida apaixonada e fiel, que apoia, mas também cobra bastante.

E o momento atual é de cobrança. A eliminação na Copa Verde para o modesto Manaus tremeu o ambiente, que era tranquilo pela vitória recente no clássico com o Paysandu. Para piorar, o técnico Ney da Matta preservou titulares no Campeonato Paraense e perdeu para o Bragantino. Por isso, a partida contra o Inter ganhou ainda mais peso.

— O grupo é forte, já mostramos isso. Precisamos aprender com o que erramos nos dois últimos jogos e dar a volta por cima contra o Inter — defendeu o atacante Elielton.

O time confia na força do atacante Isac e na segurança do goleiro Vinícius para segurar o Inter.

Ambiente

À parte o calor do "inverno amazônico" de Belém, já conhecido por Odair Hellmann e pela maioria dos jogadores do Inter — que esteve aqui há menos de um ano enfrentando o Paysandu —, a expectativa é de dificuldades também no Estádio Mangueirão.

O gramado recebeu atenção especial nos últimos dias, mas ainda apresenta problemas. Principalmente quando chove.

— Fico olhando essas nuvens e pensando que pode estragar tudo. Já joguei aqui, sei como é. Vivi situações de não ter grama, só água. E a má condição desfavorece o time que tenta manter a bola no chão, como o nosso caso. Vamos ver se o panorama muda — lamenta Odair.

Do lado de fora do campo, são esperadas mais de 25 mil pessoas, o que dará ainda mais cara de decisão para o jogo.

Rodrigo Oliveira / Gaúcha
Em 2017, Inter jogou no Mangueirão contra o Paysandu, pela Série B

Grandes que caíram

Botafogo e Sport são os exemplos constantemente citados para apontar os perigos da Copa do Brasil. A equipe carioca caiu na primeira fase para o modesto Aparecidense-GO após levar uma virada fora de casa. Já os pernambucanos, em casa, chegaram a abrir 3 a 0 no Ferroviário-CE, mas permitiram o empate entre os 30 e os 40 minutos do segundo tempo, e caíram nos pênaltis. Isso leva esperança ao técnico Ney da Matta:

— O Inter é o favorito, mas estamos nos preparando. Nossa equipe está melhorando, faltam alguns detalhes. Queremos fazer um jogo de igual para igual.

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