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Copa do Brasil

O que vale para o Inter o jogo contra o Vitória nesta quinta-feira

Mais do que a classificação para as oitavas, partida pode render dinheiro, confiança e reforços ao time de Odair Hellmann

19/04/2018 - 10h38min


Leandro Behs
Leandro Behs
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Ricardo Duarte / Inter/Divulgação
Técnico colorado busca chegar às oitavas da Copa do Brasil

Em uma temporada de reconstrução entre os clubes de elite, o Inter terá a chance de avançar mais uma etapa e receber alguns milhões de reais na Copa do Brasil. Nessa quinta-feira, a partir das 19h15min, no Barradão, o time de Odair Hellmann jogará por um empate contra o Vitória para passar às oitavas de final do torneio. 

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Após bater o time baiano por 2 a 1, no Beira-Rio, caso o Inter perca por um gol de diferença, a decisão ocorrerá nos pênaltis, uma vez que o gol qualificado foi extinto da competição pela CBF na edição atual. 

Na fase seguinte do torneio, já estão 11 times. A turma da Libertadores (Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Flamengo, Vasco e Chapecoense) mais o campeão da Série B (América-MG), da Copa Verde (Luverdense) e da Copa do Nordeste (Bahia). As oitavas serão completadas pelas cinco equipes que superarem a quarta fase do torneio, com todas as vagas definidas até o final da noite dessa quinta-feira. 

Na sexta-feira, a CBF promoverá o sorteio que indicará os confrontos das oitavas. Caso o Inter passe, terá pela frente um dos oito representantes nacionais na Libertadores. Podemos ter um Gre-Nal, já a partir da próxima semana. Confira tudo o que está em jogo para o Inter, a partir da decisão no Barradão.

Show dos Milhões

Em um ano de necessidade de reforçar o time, mas com recursos escassos, qualquer premiação ajuda na manutenção da equipe. Como não conseguiu vencer a Série B no ano passado, o Inter teve de disputar a competição desde o começo. Se, por um lado, isto causou deslocamentos extensos e jogos contra Boavista, Remo e Cianorte, também já rendeu ao clube R$ 5,4 milhões. A classificação às oitavas valerá mais R$ 2,4 milhões. Ao final do torneio, um pote dourado com mais R$ 50 milhões e uma vaga à Libertadores aguardam o campeão. O Inter vai pela ilusão, pelo sonho.    

Confiança e autoestima 

É bem verdade que não há títulos na temporada. Nem sequer à final do Gauchão a equipe foi, por ter encontrado um time em momento superior nas quartas de final do Estadual. Os 21 dias sem competições oficiais fizeram com que uma nova boa fase do Inter passasse um tanto em branco. Mas, desde a eliminação no Campeonato Gaúcho, com vitória por 2 a 0 no clássico Gre-Nal, o Inter já soma três triunfos seguidos: Grêmio, Vitória e Bahia.

— O nosso ambiente é bom, é um ambiente de vitórias. As derrotas nos fortaleceram bastante. E estas vitórias que estão vindo solidificam o nosso trabalho. Mesmo quando ficamos fora do Gauchão, não perdemos nosso jeito de ser no vestiário. Nossa preparação do jogo contra o Vitória foi a prova disto. Não perdemos o foco — disse o meia Patrick.   

Adversário de Libertadores 

Aqui, há uma notícia boa e uma notícia ruim. Comecemos pela ruim: o Inter encontrará inevitavelmente na próxima fase um time de Libertadores. No sorteio da CBF, nessa sexta-feira, os colorados estarão de um lado da coluna e, do outro, estarão Grêmio, Santos, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco e Chapecoense. Um destes oito será o adversário nas oitavas. A boa notícia é que um destes confrontos poderá ser contra Vasco ou Chapecoense — aqueles que têm menos status dentre os brasileiros na Libertadores. A segunda boa notícia é que, dependendo das datas dos jogos, o adversário poderá não mandar força máxima para cima do Inter, caso haja algum jogo importante pela Libertadores na semana seguinte. 

— Fizemos um excelente Gauchão, infelizmente, por um gol, ficamos fora. É um time que subiu da Série B, mas que vem ganhando corpo nas competições. A Copa do Brasil é diferente de todo o resto. Estamos procurando o nosso jogo, evoluindo nas competições — observou o volante Gabriel Dias.

Menos difícil que o Brasileirão

Em formato de mata-mata, a Copa do Brasil é um torneio bem mais afeito a zebras do que o Campeonato Brasileiro. E, na atual circunstância, o Inter é um azarão no torneio. Ainda que o interesse de todos os clubes tenha aumentado com o milionário prêmio oferecido pela CBF ao campeão da Copa do Brasil, ela parece bem mais viável aos colorados do que o Brasileirão. No ano passado, mesmo estando na Série B, o Inter eliminou o Corinthians e, por pouco, não passou também pelo Palmeiras, nas oitavas de final do torneio.

Nico-Pottker

Com o plano de propor um jogo de contra-ataques em Salvador, e contando com a necessidade de gols do Vitória, o Inter terá mais uma vez William Pottker e Nico López no ataque. Sem Damião, sem Roger, sem Rossi, ainda sem Lucca, e com a falta de respostas de Marcinho e Wellington Silva, a dupla parece a única possível de fazer o setor ofensivo seguir funcionando no momento. Com eles, D'Alessandro e Patrick ganham opções pelos lados e dentro da área, para puxar os contragolpes.   

— Vivo de fazer gols, sou atacante. O futebol mudou, tem de correr e marcar. Não estava acostumado a isso. No Uruguai (no  Nacional), o jogo era para mim. Mas o futebol mudou faz tempo e eu não sabia. Hoje, tem de marcar e correr. Depois, se puder fazer gol, melhor — comentou um surpreendente Nico Lopez, após marcar os dois gols do Inter sobre o Bahia, na estreia do Brasileirão. 

Reforços para as oitavas

Tudo indica que o Inter já poderá contar com o atacante Lucca e com o lateral Zeca para as oitavas de final da Copa do Brasil. A dupla deverá ser apresentada ainda nessa semana no Beira-Rio, ficando à disposição de Odair Hellmann. Com Lucca, o Inter ganharia uma nova opção a Nico e a Pottker, podendo até mesmo utilizar os três juntos, em caso de necessidade. Já Zeca, deve ganhar a vaga de Fabiano, na lateral direita, ou mesmo entrar no meio-campo, com eventuais suspensões de Edenilson e Gabriel Dias.

— Para brilhar no Inter, Lucca precisará ser o mesmo da Ponte: uma espécie de camisa 9. Não aquele centroavante à moda antiga, mas um atacante moderno, impetuoso, com movimentação constante e confiança. Na Ponte Preta, ele era até mesmo o dono da bola parada do time, tanto em faltas, quanto nos pênaltis — aposta Luiz Ademar, comentarista da Rádio Capital, de São Paulo.

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