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O que ganha e o que perde o Inter com Zeca no lugar de Gabriel Dias no Gre-Nal

Opção de Odair para o meio-campo tem aspectos positivos e negativos para o time

11/05/2018 - 08h31min


Amanda Munhoz
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Rafael Diverio
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Ricardo Duarte / Inter/Divulgação
Zeca será meia no Inter

Uma conversa entre o técnico Odair Hellmann e o originalmente lateral Zeca sacramentou a decisão do treinador para escalar o Inter para o Gre-Nal de sábado, na Arena. Sem Edenilson, fora por conta de uma entorse no joelho esquerdo, o técnico usará o novo reforço, que estreará pela equipe, improvisado no meio-campo.

Na partida válida pela quinta rodada do Brasileirão, Odair quer qualidade na saída de bola e marcação pesada no meio-campo do Grêmio. Gabriel Dias não deu a resposta desejada na derrota de 2 a 0 para o Flamengo. Por isso, o treinador vai apostar em Zeca, mesmo que ele esteja há seis meses sem jogar em função do litígio com o Santos. 

A reunião informal entre técnico e o lateral ocorreu no início desta semana. Zeca emocionou-se ao ouvir que está nos planos de Odair utilizá-lo no clássico pelo Brasileirão. A ideia da conversa era perceber, em um primeiro momento, a receptividade do lateral em ser improvisado no meio-campo. O jogador prontamente se colocou à disposição e estará entre os 11 que começam o Gre-Nal 416.

— Com as saídas dos jogadores, a busca é pelos seus substitutos. Dentro disso, fazemos observações. Buscamos mudanças, variações. A que melhor apresentar equilíbrio defensiva e ofensivamente será levada ao clássico — despistou o técnico Odair Hellmann.

Com a entrada do jogador no meio-campo, na vaga de Gabriel Dias, a expectativa colorada é de mudar a postura tanto defensiva quanto ofensiva. Por esse lado, a opção é acertada na visão do comentarista das rádios Globo e CBN São Paulo, Gabriel Dudziak. Ainda que esteja há seis meses sem atuar, Zeca tem recursos técnicos suficientes para suprir a carência do Inter. 

— Ele fazia um movimento semelhante no Santos, mesmo quando era lateral-esquerdo. Tinha autonomia para chegar à frente, adiantar, fazer gols — recorda.

Na visão do comentarista, a qualidade técnica para trocar passes e aparecer como opção na fase ofensiva, além de acertar o posicionamento e ter força na marcação na hora de defender contribuíram para mudar a mentalidade do Santos, que deixou de ser uma equipe de contra-ataque e passou a ter mais controle. Por isso, Dudziak opina que o Inter tende a melhorar com a alteração.

A visão é compartilhada por Jefferson Bachega, repórter do site Redação em Campo, de Curitiba. Segundo o jornalista, Gabriel Dias não conseguiu repetir no Inter as principais virtudes que teve no Paraná, mesmo estando em uma posição semelhante.

— Aqui, era segundo volante, tinha bastante chegada na grande área adversária, até lembrando o movimento do meio-campo de área a área. Tinha ao lado o Leandro Vilela, que fazia a primeira função e lhe dava mais liberdade. Mas aí em Porto Alegre, não apresentou o mesmo futebol. Talvez o pênalti perdido diante do Vitória tenha pesado — avalia.

Para Dudziak, Zeca poderia ser um complemento a Gabriel Dias.

— Zeca tem domínio de bola, faz o movimento de sair do lado e ir para o centro. Um trio de volantes pode ser uma boa opção até juntando ao Gabriel Dias, que fez uma Série B sensacional, mas está mais para um Rodrigo Dourado, um primeiro volante — finaliza.

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