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Paixão colorada

Raquel Saliba: "O anjo e o diabo"

Não consigo decidir exatamente como estou me sentindo após o empate desta quinta-feira

20/07/2018 - 07h00min


Raquel Saliba
Raquel Saliba
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Ricardo Duarte / Inter
Até Wellington Silva fez gol

Só sei que toda a vacina que tomei antes da partida, bradando que estava preparadíssima para um resultado ruim, não fez efeito nenhum. E o que ocorre, neste momento, é uma guerra entre as minhas orelhas.

De um lado, o anjinho. Um ser apaixonado e banhado pela ilusão. Ele pede que eu deixe a paixão tomar conta e entenda que períodos longos de paradas em campeonatos podem ser ruins mesmo. Que um time não desaprende a jogar, que os problemas apresentados hoje podem ser resolvidos facilmente e que, já na próxima rodada, vamos mostrar um futebol mais entrosado. Que eu não me preocupe, pois vai ficar tudo certo. 

Do outro lado, o diabinho. Um ser corneteiro, cético e pessimista. Ele está, no momento, de olhos revirados e braços cruzados. Do gol de empate ao gol da virada atleticana, bufou e me lembrou que o Inter adora ressuscitar equipes que estejam vivendo momentos ruins. Que os desfalques fizeram o Odair mudar o esquema e que acabou mudando mal. Que se deixou envolver em um jogo tecnicamente feio. Mesmo no gol do Inter, largou apenas um "pelo menos um ponto".

O próximo jogo

Talvez eu até escute o diabinho (inclusive, confesso, faço isso com uma certa frequência). Mas, no fim das contas, me abraço mesmo é no anjinho.

A gente se enrola na bandeira do Colorado, brinda em qualquer situação e começa a se animar pensando em como será o próximo jogo.


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