Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: se o Inter entrar para empatar, vai se aproximar da derrota
Viveremos uma superquarta nesta noite
Nunca houve nada igual. Inter e Grêmio em campo na mesma noite e com a chance, ao final dela, de saber que decidirão um título nacional em dois clássicos. Muitas vezes ouvimos falar do termo "superquarta" para definir uma quarta-feira com jogos importantes pelo mundo inteiro. Mas, para o "nosso" mundo, nunca vivemos nada parecido.
Sim, você pode se lembrar de diversos Gre-Nais disputados em noites de meio de semana, assim como as Libertadores conquistadas pelos dois. Mas, envolvendo a Dupla, em jogos diferentes e com a expectativa do que as respectivas classificações podem causar, nunca.
É inegável que a tarefa do Grêmio é menos complicada, pois venceu o primeiro jogo por dois gols de diferença e tem como adversário um clube que, raramente, complica as coisas para o coirmão. No nosso caso, temos a vantagem mínima, enfrentaremos um time que há mais de 40 anos disputa os principais títulos do continente e, no caso específico da Copa do Brasil, é o maior vencedor. O Rei, como diriam alguns. Empate nos serve contra o Cruzeiro, eu sei. Mas, repetindo o que disse ontem: se entrarmos para empatar, vamos nos aproximar ainda mais da derrota.
O clima que espera
Os jogadores colorados entrarão em campo já sabendo do resultado do jogo de Curitiba, pois estarão no vestiário de um estádio que receberá, mais uma vez, cerca de 50 mil pessoas. Se der a lógica na Arena da Baixada, saberão que a classificação para a final dará a eles o direito de jogar os dois maiores Gre-Nais da história. Ou — passando o Athletico-PR — encontrarão estes 50 mil torcedores comemorando a eliminação do maior rival.
Em qualquer um dos casos, terão ao seu lado uma atmosfera diferente. Será uma noite histórica e de muita emoção. Uma verdadeira semifinal da Copa do Nosso Mundo. A Copa dos Gaúchos!