Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: a utilização dos jogadores da base
Inter foi campeão do Brasileirão de Aspirantes no domingo
No jogo de domingo (13), me chamou a atenção o menino Tailson que, no primeiro tempo, teve grande atuação, sendo responsável por diversos ataques do Santos. Eu realmente não conhecia esse jogador e fui pesquisar de onde ele surgiu.
Para minha surpresa, vi que ele tem apenas 20 anos e estreou no time principal na vitória contra o Vasco, uma semana antes do jogo no Beira-Rio, inclusive marcando gol. Mais: foi levado ao time principal pelo treinador Jorge Sampaoli, por indicação de seu auxiliar, que o viu jogando na base. Moral da história: há 15 dias, ele nem fazia parte do grupo principal do Santos. Hoje, já tem gol no Brasileirão e virou opção para o ataque – tanto que saiu jogando no domingo.
Enquanto Tailson jogava — e muito bem — contra o Inter, em Caxias do Sul, diversos meninos da base colorada comemoravam o Brasileirão sub-23 após vencerem o Grêmio. Alguns deles estão em seu terceiro campeonato brasileiro da categoria. Exatamente. Três anos seguidos entrando em campo para disputar a competição de “aspirantes”, enquanto no time principal, outros jogadores – que tem bem mais do que 23 anos – não conseguem mostrar virtudes suficientes que justifiquem suas contratações.
Dois exemplos
Só para pegar dois exemplos bem recentes, temos os garotos Heitor e Bruno Fuchs, que, mesmo com ótimas indicações do que já apresentavam na base, demoraram a ter suas oportunidades. E, quando as tiveram, deram respostas bem mais convincentes do que seus colegas de posição, que foram buscados em outros clubes.