Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: reunião do Conselho teve novidades e mesmices
Vi avanços para o clube no resultado das votações da reforma do novo estatuto
Na segunda-feira (4), uma reunião do Conselho Deliberativo tratou de reformas no estatuto do Inter. Como eram assuntos polêmicos — alguns, inclusive, já tratados em 2016, quando eu ainda era conselheiro — é praticamente impossível ter consenso.
Mesmo assim, vi alguns avanços para o clube no resultado das votações. Como, por exemplo, a cláusula de barreira móvel que amplia a chance de mais pluralidade no Conselho e mandatos de três anos para o presidente e o Conselho de Gestão — que, inclusive, passa a ser escolhido no voto, o que também é positivo.
Você pode questionar o quão prejudicial pode ser para o clube três anos de uma gestão ruim. Mas aí a responsabilidade de elegê-la é exclusiva de quem vota: o sócio. Em um processo do tamanho que é a eleição do Inter, cada um deve assumir sua responsabilidade. Inclusive o sócio.
O que me deixa triste, mas não surpreso, é que alguns vícios insistem em permanecer fazendo parte de reuniões tão importantes como essa: a ausência considerável de alguns conselheiros — menos de 300 compareceram — e a votação ainda não ser nominal. Um clube que tem mais de 100 mil sócios e prega transparência em sua gestão tem o dever de informar, da forma mais clara possível aos seus associados e torcedores, como vota cada conselheiro.
Precisamos de transparência
A modernização da estrutura do próprio Conselho, com confirmação de presença por biometria e um painel eletrônico com a reprodução de cada voto, divulgado depois no site oficial, já deixaria tudo mais claro. E é algo bem viável para um clube com orçamento superior a R$ 300 milhões.