Eu sei que pode parecer meio óbvio que um time, após levar um gol, passe a atacar mais. O que eu nunca vou concordar é com time que entra em campo e deixa a impressão de que o empate está legal. Mas, justamente, mostra mais disposição se leva um gol. Porque não buscar a vitória desde o início? 

Esse foi o Inter de quarta-feira (4) contra o São Paulo — e de vários jogos nos últimos anos — com um agravante: o empate não servia. Um time que raramente dá ao seu torcedor a certeza de que vai ir pra cima do adversário. E que, em diversas oportunidades, mostrou que poderia ter feito mais. Essa é uma das grandes mudanças que eu espero para o Inter de 2020. 

Quero ver meu time jogando para vencer o tempo inteiro e não como na quarta-feira, quando resolveu buscar o gol com um pouco mais de vontade, já perdia por 2 a 0. Nem aquela pressão imediata após o gol para aproveitar o natural abalo psicológico do adversário — que, recentemente, deu o título da Libertadores para o Flamengo — o Inter fez. Nada melhor que um fim de temporada para se pontuar questões que sejam essenciais para a evolução de um time. Essa, com certeza é uma das nossas principais.

Enfim a vaga garantida 

Mesmo com toda a melancolia deste fim de temporada, repleta de atuações bem abaixo da média, o “prêmio de consolação” — uma herança da campanha do primeiro turno do Brasileirão — se efetivou ontem a noite com a derrota do Goiás. Estamos na Libertadores. Mas ela começa bem mais cedo pra nós.

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