Ao longo de pouco mais de uma década, o Inter cometeu um grande acerto e um grande erro envolvendo seu grupo de jogadores. O acerto foi contratar Andrés Nicolás D'Alessandro, craque absoluto, motivo de desespero de rivais e de juízes, personificação da alma colorada briguenta e inconformada com a derrota. A enorme falha foi jamais ter se preparado para a ausência do camisa 10.

D'Ale era amuleto, mas acabou virando muleta de um time sempre meio capenga. Sem o apoio do argentino, O Inter caiu às profundezas da Série B, aquele cemitério de imortais. Mas a culpa não foi da ausência de D'Alessandro, foi da incompetência do clube para encontrar um ou mais jogadores capazes de compensar a falta dele.

A provável renovação do atleta que completará 39 anos de idade no Beira-Rio mostra que até agora, 11 anos depois de confirmar a vinda do meia-atacante para Porto Alegre, o Inter não consegue andar até o gol adversário sem o suporte de D'Alessandro. Em parte, por sua qualidade diferenciada. Mas também pela falta de planejamento dos últimos anos na Padre Cacique.

A prioridade do Colorado, a partir de hoje, (de ontem!), além de preparar uma despedida de gala quando findar o novo contrato do quase quarentão, deve ser encontrar um substituto à altura. Não é fácil, não é qualquer Camilo que dará conta do recado, mas é uma missão que os dirigentes colorados não podem mais adiar. Já sabemos o que pode acontecer se o erro se repetir.

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