Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: jogos de mata-mata não são para fazer experiência
Coudet fez testes no Gre-Nal e também contra o Tolima
Entre pontos positivos e negativos do empate do Inter contra o Tolima, é claro que a repercussão foi muito maior no que é ruim. Coisas da aldeia. Concordo, por exemplo, que as novidades na escalação não deram muito resultado, pelo menos no que diz respeito ao ataque. A falta de entrosamento entre Marcos Guilherme e Guerrero era gritante. Não construíram nada juntos. Nem a velocidade do substituto de D'Alessandro apareceu, talvez porque uma das principais características dos colombianos seja, justamente, a velocidade.
Por outro lado, a marcação funcionou. E bem. Lomba praticamente não foi exigido. O próprio Marcos Guilherme foi visto roubando bola no nosso campo. O esquema defensivo que neutralizou a velocidade dos donos da casa – e, por consequência, deixou o jogo bem feio – encaixou bem. Para mim, ficou claro que Coudet priorizou evitar tomar gols.
O histórico de enfrentamentos de brasileiros com o Tolima mostra que os colombianos sempre constroem sua vantagem jogando em casa. Não conseguiram. Num jogo de 180 minutos, os primeiros 90 terminaram e ninguém tem vantagem alguma.
A estratégia colombiana
Você pode até argumentar que: "se eles fizerem um, teremos de fazer dois". Mas eles não vão vir para atacar, pode ter certeza. Jogarão nos contra-ataques. Vai ser a vez deles priorizarem a marcação.
Desmontar esta estratégia será o caminho para confirmarmos a classificação e entrarmos numa fase na qual teremos seis jogos para conquistar uma das duas vagas. E aí sim – juntamente com o segundo turno do Gauchão –, Coudet terá mais tempo para experiências e possíveis mudanças. Isso não se faz em jogos de mata-mata.