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Paixão colorada

Lelê Bortholacci: estamos longe de uma definição sobre o nosso futebol em 2020

Falta de perspectiva tem seus efeitos sobre todos nós

27/03/2020 - 09h00min


Ricardo Duarte / Inter
Último jogo do Inter foi contra o São José, no dia 15 de março, e com portões fechados

A videoconferência realizada pela Federação Gaucha de Futebol foi cheia de boas intenções, mas nada definitiva. E isso não é uma crítica. Não ha como se definir nada enquanto não tivermos uma mínima ideia de quando terminará nossa quarentena. A falta de perspectiva somada à forma confusa como o governo nacional trata a pandemia tem seus efeitos nas vidas de todos nós. 

No futebol não seria diferente. Como os dirigentes podem planejar algo se não sabem nem quando seus jogadores e comissões técnicas poderão voltar ao trabalho? Quando tiverem esta informação, terão que lidar, também, com a questão do calendário que já é estrangulado ao natural. Imaginem agora, com todo esse período parado. E mais: considere que os atletas precisarão, também, de uma nova “pré-temporada”. 

Por mais que eles estejam postando em suas redes sociais que seguem treinando em suas casas, não sairão jogando de uma hora pra outra. É muito complexo. Infelizmente, estamos longe de uma definição sobre o restante do calendário 2020 do nosso futebol.

Prudência e sensatez nas renegociações 

Uma coisa é certa: clubes e jogadores necessitarão de muito diálogo na hora de renegociarem seus contratos e respectivos vencimentos. Se a crise econômica pós-pandemia é inevitável, todos os envolvidos deverão entender a complexidade e ineditismo do que está acontecendo. O futebol parado, sem geração de receita, obriga que todas as negociações feitas antes da pandemia sejam revisadas. Prudência e sensatez serão essenciais.


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