Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: Inter teve estreia com atuação de luxo no Beira-Rio
A goleada só não foi maior por detalhes
Foi 3 a 0, mas poderia ter sido quatro, cinco ou mais. Jogando pra cima do adversário — ou, amassando, se você preferir — e com apenas um volante "de ofício", o Inter só não abriu vantagem no primeiro tempo porque esbarrou na falta de acabamento nas jogadas e numa arbitragem pavorosa, que irritou e desconcentrou o time colorado até a ida para o intervalo.
Mas Libertadores é isso aí mesmo, e tem que passar por cima do que vier. E, fazendo a melhor atuação de 2020, as jogadas seguiram sendo criadas com muita lucidez até que a bola entrou, ironicamente, após desvio em um chileno, numa cobrança de falta de Guerrero.
A partir daí, com a "porteira aberta", a ansiedade sumiu, Guerrero deu mais um show e o placar se consolidou com naturalidade. Uma largada animadora nesse difícil Grupo E.
Castigo de consolação
Agora já dá para falar com propriedade. As fases preliminares da Libertadores são uma verdadeira "roubada". São realmente mais difíceis do que a fase de grupos pelo simples motivo que ocorrem no formato mata-mata. Qualquer descuido pode ser fatal. Basta uma noite ruim e a desvantagem fica irreversível.
Por isso que Coudet fechou a casinha e preferiu, primeiro, não levar gol, para depois buscar a vitória, mesmo que pela diferença mínima, como foi contra o Tolima. Agora, na fase de grupos, os pontos perdidos nas primeiras rodadas podem ser recuperados.
Quando, no próximo Brasileirão, alguém disser que as vagas para a fase preliminar são um "prêmio" de consolação, corrija. Trata-se de um verdadeiro castigo!