Já que estamos tomados pela nostalgia, nestes tempos sem futebol "novo", é inevitável ficarmos analisando fatores importantes das conquistas que estamos revendo. Pegando o caso do Inter de 2006, fica nítida a importância da qualidade do grupo formado para chegarmos naquela conquista. 

Não só pelo futebol que jogavam, mas pelas demonstrações humanas que vemos até hoje com os envolvidos. Elas provam que todos criaram algo fundamental para quem quer entrar pra história de um clube: o vínculo. 

Num grupo que tinha várias lideranças — onde Fernandão se transformou na maior de todas — muitos acabaram se fixando em Porto Alegre tamanha a relação criada com o Inter. Essa é uma questão que eu sempre insisto ser primordial para termos sucesso e conquistar títulos: a criação de vinculo com o clube. 

Eu sei que jogador é profissional e, prioritariamente, quer receber seu salário em dia e ter boas condições de trabalho, como qualquer empregado. Mas, no futebol, o algo a mais que faz o torcedor se apaixonar e idolatrar um jogador é ter a certeza que aquela atleta sabe o significado da camisa que está vestindo. 

Aqueles jogadores sabiam. Por saberem, entenderam o que é o clube do nosso coração. Porque virou o deles, também. Essa loucura chamada Inter é assim mesmo. Vai arrebatando paixões pelo caminho. Cria vínculos que não se rompem. Agrega. E nada mais separa.