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Gigante da Galera

Zé Alberto: atletas demonstram consciência e solidariedade com funcionários dos clubes

Negociações na dupla Gre-Nal passaram por manutenção de empregos

14/05/2020 - 07h00min

Atualizada em: 14/05/2020 - 07h00min


José Alberto Andrade
José Alberto Andrade
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Ricardo Duarte / Inter, Divulgação
Jogadores colorados aceitaram redução de 25% dos vencimentos, mas pediram manutenção de empregos no Beira-Rio

Zé Alberto ocupa o espaço Gigante da Galera durante as férias de Luciano Périco

Em meio a tantas ações de desprendimento por personagens do futebol neste período de pandemia, cada vez mais será assunto a redução de salários dos jogadores. As renegociações e decisões já se iniciaram há algum tempo, mas o fato desta quarta-feira (13) foi mais um acordo dos jogadores do Inter. Não bastasse a resignação com a diminuição nos ganhos neste momento especial, houve dos atletas a preocupação coletiva com seus colegas de clube, os funcionários das outras áreas.

Independentemente disto ser colocado como condição para a assinatura de um acerto num clube que já fez cortes nos seus quadros, é ponto de atenção importante e nobre, visto que quem ganha muito reconhece que só recebe o que recebe porque uma base de trabalhadores de menor, bem menor remuneração, dá garantias necessárias.

Este tipo de solidariedade também esteve presente nas conversas dos atletas do Grêmio, e é importante que aconteça sempre. Os boleiros já se deram conta de que a imagem fica muito desgastada quando eventualmente há demissões de quem ganha pouco e preservação de quem recebe muito.

Consciência dos clubes

Certamente, os clubes não estão felizes com cortes em salários ou até nos seus quadros funcionais em meio à grave crise. O exemplo da dupla Gre-Nal é emblemático, dada a confiabilidade de suas direções. Nem Romildo Bolzan, nem Marcelo Medeiros se sentem confortáveis contendo radicalmente custos ou tentando difíceis renegociações com a TV, que também reduz os pagamentos por não estar apresentando seu produto. 

Não há vilões nesta história. Todos são vítimas e reféns das contas nas quais não está entrando o necessário de recursos, mas deve sair o que é devido. Vale do mais humilde dos trabalhadores, passa pelos clubes e chega naquela que é a grande agente promotora do futebol atual: a televisão.


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