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Paixão Colorada

Lelê Bortholacci: mudança na venda dos direitos televisivos tende a não dar certo

Pela complexidade do assunto, isso deveria ser motivo de um grande debate entre clubes

20/06/2020 - 09h00min


Omar Freitas / Agencia RBS
O principal atrativo do nosso futebol é o nivelamento

Como previsto, a medida provisória do presidente Jair Bolsonaro, que muda a legislação sobre os direitos de transmissão de jogos, abriu um debate que vai longe. E que dificilmente será concluído em 120 dias, período de validade da MP.

Pela complexidade do assunto e sua consequência em todo o futebol brasileiro, isso deveria ser motivo de um grande debate entre clubes, federações, veículos de mídia e demais envolvidos com o negócio futebol. Mas não: virou uma jogada política do presidente na sua guerra particular contra a Rede Globo. 

Ter o Flamengo ao seu lado nesta “guerra” pode parecer uma ótima manobra. Porém, em se tratando do nosso esporte, não vai adiantar se aliar a somente um clube, por maior que ele seja.

Esse modelo de negociação individual pode parecer uma maravilha num primeiro momento, mas tende a fracassar justamente por fragilizar quem negocia sozinho. Para Flamengo e Corinthians, talvez funcione. Mas eles não podem jogar apenas um contra o outro o ano inteiro. Precisam dos adversários nos campeonatos nacionais.

Negociação deve ser conjunta

O principal atrativo do nosso futebol é o nivelamento. Não somos como Portugal, onde dois times recebem cotas muito maiores que os demais e disputam sozinhos os títulos. Aqui, mesmo com menos poder aquisitivo, outros clubes fazem frente aos que mais recebem da TV. Principalmente nos torneios eliminatórios.

Por isso que a negociação deve ser conjunta, em bloco. Como é na Inglaterra, onde, consecutivamente, se disputa o campeonato nacional mais equilibrado e valorizado do mundo. 


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