Eu sei que toda vez que um ídolo ainda em atividade dá declarações que demonstram sua intenção de voltar, um dia, ao Inter, a torcida se empolga e sonha alto. Mas, na grande maioria das vezes, acaba não acontecendo. Principalmente se considerarmos que o jogador em questão atua na Europa, ou em outro mercado que as cifras sejam incomparáveis às praticadas aqui. 

No caso de Taison, parece mesmo algo diferente. Não é de hoje que ele dá declarações públicas da intenção de voltar ao Beira-Rio, cita motivos — como, por exemplo, a vontade de ficar mais perto da mãe e do pai — e faz questão de ressaltar que, primeiro, cumprirá seu contrato com o Shakhtar Donestk, que vai até a metade do ano que vem, mas que lhe permite assinar um pré-contrato já no final de 2020. Ele repetiu tudo isso no Bola nas Costas da Rede Atlântida e ainda admitiu conversas com Coudet e com D’Alessandro. 

O que pode complicar a realização desse sonho é, “apenas”, a questão financeira. Mesmo que exista a intenção de ambas as partes, ninguém ainda sabe como ficarão as finanças dos clubes de futebol brasileiros por consequência da pandemia do novo coronavírus. E, a cada dia que passa, sem informações concretas e definitivas sobre a volta dos jogos, fica mais difícil de se fazer qualquer projeção. 

É claro que, ao externar sua vontade de voltar ao futebol brasileiro, Taison já sabe que vai ganhar (bem) menos do que ganha atualmente. Mas o que nem ele — nem ninguém — sabe, é qual será o poderio real que o Inter terá de investimento, quando tudo isso passar.