Paixão Colorada
Lelê Bortholacci: a ausência de torcida pode ser benéfica
Estádios vazios fazem parte da rotina atual
O futebol está muito diferente. Os estádios vazios transformaram o esporte que tem como uma de suas principais características o "fator casa". E quem frequenta estádios sabe que a torcida, quando apoia, pode ser decisiva para ajudar nas vitórias mas, quando está insatisfeita, pode atrapalhar.
O jogo desta quinta-feira (13) marca a estreia do Inter, em casa, pelo Brasileirão. E, neste caso, por incrível que pareça, há um aspecto positivo de se jogar sem público: apesar de termos vencido na estreia, penso que alguns jogadores estão "marcados" pela torcida pelas derrotas recentes nos Gre-Nais. Com público no estádio, bastaria um único erro de jogadores como Moisés e Musto, por exemplo, para que já começassem os "murmúrios" nas arquibancadas.
Não duvido, inclusive, que as vaias já apareceriam no anúncio da escalação. Futebol sem torcida é muito triste. Mas evitará que os citados sofram uma pressão - justa, diga-se de passagem - de uma torcida exigente como a nossa.
Os clubes, de novo, vão se dar mal
Os acontecimentos dos últimos dias nas Séries A e B provam que não era a hora de voltar com o futebol. Jogos sendo transferidos pelo fato de muitos jogadores de uma única delegação testarem positivo - Goiás e CSA - eram bem previsíveis. E, com o calendário já espremido, vai ser complicado resolver este problema, até porque eu tenho certeza que novos casos semelhantes acontecerão. Conhecendo a CBF, sei quem vai se dar mal com isso: os clubes.