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Paixão colorada

Lelê Bortholacci: a solução para a política não prejudicar o Inter dentro de campo

Eleições para presidente começam no fim de novembro, em meio à disputa do Brasileirão

27/08/2020 - 09h00min

Atualizada em: 27/08/2020 - 09h00min


Marco Favero / Agencia RBS
Foco do clube tem que ser a bola

Tenho um desejo sincero: de que a escolha do novo presidente do Inter não interfira dentro de campo. Há muitos anos, o clube se organizou para realizar suas eleições depois do fim da temporada, o que faz com que pouquíssimas coisas da política interna respinguem no futebol.

O problema é que, com a pandemia, o calendário mudou, e a temporada 2020 termina só em fevereiro de 2021. O primeiro turno da eleição está marcada para 25 de novembro, quando as competições estarão em pleno andamento. E isso é péssimo.

Imaginem: o time seguir com a boa campanha no Brasileirão, brigando na parte alta da tabela — talvez até pelo título —, vivo na Libertadores e/ou na Copa do Brasil, e os debates políticos de maneira simultânea, tomando conta dos veículos de comunicação e, principalmente, das redes sociais.

Não sei a atual diretoria e a oposição gostariam de adiar esta eleição para depois do fim do Brasileirão, o que geraria prorrogação de três meses do atual mandato. Com certeza, esta seria a decisão mais acertada se o pensamento prioritário dos conselheiros fosse pelo bem do principal motivo de o clube existir: o futebol.

Tomara que eu esteja errado. Mas, por tudo que vi na política do Internacional nos oito anos em que fui conselheiro, ficarei surpreso se isso acontecer. Tomara que eu queime minha língua. 


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