Paixão colorada
Lelê Bortholacci: o Inter deu um vexame em Goiás
Mesmo com um a mais, time foi derrotado para o então lanterna do Brasileirão
Tem façanhas que só o Inter consegue. Entrar em campo na liderança do Brasileirão, contra o último colocado, ver o adversário ter um jogador expulso aos dois minutos do primeiro tempo e ainda assim perder o jogo é uma verdadeira façanha.
Com a expulsão de Jefferson, do Goiás, pensei que Eduardo Coudet iria com tudo para cima. Que nada. O que se viu foi um futebol burocrático, sem nenhuma intensidade, num clima "nem vamos forçar muito porque faremos o gol a qualquer momento". Não apenas não fizemos, como conseguimos levar um. Do lanterna do campeonato. Com um a menos em campo desde os dois minutos de jogo. Inacreditável.
O preguiçoso Inter tinha de voltar com muito mais ímpeto depois do intervalo para, pelo menos, diminuir o tamanho do vexame. E, talvez, conseguir uma virada que não seria nada além da obrigação para quem pensa em disputar o título de um campeonato longo, em que cada jogo tem a mesma importância. Não fez nada disso.
Foi uma infinidade de passes laterais, outra de cruzamentos na área — que pouco perigo levaram e só serviram para consagrar a zaga adversária — e nenhuma vitória individual, nenhuma infiltração a dribles na área. Nada. A única coisa que funcionou no segundo tempo foi a cera técnica do Goiás, que nada poderia fazer além disso. Fez e foi competente.
Aula de incompetência
Diferente do Inter, que deu uma aula de incompetência e conseguiu perder para o até então pior time do campeonato. No final, os jogadores escolheram o árbitro como culpado pelo quantidade de acréscimos – que realmente ficaram bem abaixo do que seria justo, de acordo com a cera adversária. Mas foi apenas o constrangedor capítulo final de mais um vexame colorado em Goiânia.