Mesmo com time reserva, o Inter abriu um bom espaço para conquistar a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil, ainda mais que decidirá em Porto Alegre. Porém, para mim, não é essa a notícia.

O Inter, com 2 a 0 a seu favor, colocou em campo D'Alessandro, Abel e Peglow. Ou seja: com uma grande vantagem no placar, Coudet trabalhou para aumentá-la. Isso não é comum, e deve ser elogiado. É verdade que a vantagem diminuiu no final, mas o Inter quis acabar com a série em Goiânia mesmo. 

Com o calendário apertado e as lesões afetando o elenco, é exatamente assim que o Colorado tem que pensar. Preservar não significa jogar para perder. Tentar amassar os adversários e resolver os jogos em menos tempo é louvável. 

É possível disputar dois títulos?

Confesso que a descaracterização do time, em um primeiro momento, me assustou. A impressão que tinha é que, se o consulado colorado em Goiânia estivesse na arquibancada, sorteariam algum torcedor para ficar no banco.

Porém, a competitividade da equipe não diminuiu, a intensidade tampouco. As equipes de Coudet são muito físicas, e a menor qualidade técnica dos reservas apareceu menos ontem. Isso graças às boas atuações de jogadores contestados, como Nonato, Marcos Guilherme e Moisés.

Um time que tem condições de ser campeão sabe superar as suas próprias limitações. Acho que o Inter está no caminho certo.