O que vemos do Inter, dentro do campo, nada mais é do que a consequência do estado crítico que se encontra nosso departamento de futebol. Em nenhum clube onde as coisas "estão bem internamente", um treinador sai com o time na liderança do campeonato nacional.
Some-se a isso os seguintes fatores: estamos sem vice-presidente de futebol desde o final de setembro. O executivo – que, em tese, deveria ser o homem forte do departamento – entrou em rota de colisão pública com o treinador, que acabou indo embora. O novo treinador chega, admite que não conhece o grupo e escancara que não há respaldo por parte de ninguém no departamento para, ao menos, lhe passar um relatório sobre cada jogador disponível.
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Um dos líderes do grupo e maior ídolo da torcida, anuncia sua saída do clube antes do fim do calendário e na antevéspera do jogo mais importante do ano. Não há time que resista a tudo isso. Jogadores são funcionários. E uma empresa que demonstra tamanha desorganização perante os seus não tem como cobrar produtividade deles.
Nada é mera coincidência
O próprio rendimento individual de diversos jogadores caiu vertiginosamente após começarem a acontecer os fatos que relatei acima. Nada disso é mera coincidência. Se nem gols estamos mais conseguindo fazer, é fácil entender os motivos. A bola não entra por acaso.