Eu já vivi muitas dores com o Inter. Bahia, Olimpia, Mazembe, rebaixamento, entre outras. Mas o nível de crueldade com que tudo ocorreu na noite de quinta-feira (25) superou qualquer expectativa. Nesses exemplos citados acima, eu vi tudo acontecendo na bola, dentro do campo. Por isso nem cito 2005 como uma dor. Aquilo foi um assalto, inclusive já admitido pelo próprio presidente corintiano à época, Alberto Dualib. 

As derrotas mais doloridas sempre tiveram do outro lado um adversário que foi mais competente. Só que a perda do Brasileirão de 2020 vai demorar pra cicatrizar. Porque ela não foi resultado apenas de ter sido superado por um adversário ou de não ter sido competente – e não fomos, em vários momentos. 

Na quinta-feira, o time criou e a bola entrou três vezes. Duas delas, de forma ilegal. Mas a outra, até agora, não vi motivos para ter sido anulada. Também tivemos um pênalti desmarcado. Você imagina um juiz desmarcando um pênalti para o Flamengo na última rodada do campeonato? Hahaha...

O VAR, que surgiu para "corrigir erros", nos três últimos jogos revogou acertos e, coincidentemente, todos contra o Inter. É claro que oportunistas podem falar de alguns benefícios que tivemos durante o campeonato. Adoram falar que fomos "os mais beneficiados", mas na hora de citar os lances que justifiquem suas afirmações "esquecem" que fomos também prejudicados em diversos outros lances. 

A banca paga e recebe. O campeonato inteiro. Mas, na reta final tudo foi contra o Inter. Até quando a imagem mostrava o contrário. Perder no campo, na bola, também dóis. Mas a gente sempre aceita. O que aconteceu no final deste Brasileirão gera outro tipo de sentimento. E ele não é nada legal.