Foi um Gre-Nal horrível. O placar zerado parecia agradar as duas equipes quando o atacante gremista Léo Chú fez algo que os do Inter não conseguiram: chutar bem, e no gol. Jogo como o de sábado, de muito equilíbrio, é decidido no detalhe.

Se Praxedes toca aquela bola para Yuri Alberto, no primeiro tempo, por exemplo, tudo seria diferente. Ou se Lucas Ribeiro conclui a gol a melhor jogada individual do clássico.

Importante salientar, nestes dois lances, a movimentação corretíssima e inteligente de Yuri Alberto, posicionando-se para receber a bola em melhores condições de arremate do que Praxedes, no primeiro lance, e puxando a marcação no segundo, abrindo o corredor central para Lucas Ribeiro. Mas, de nada adiantou se, mais uma vez, o Inter deixou de matar o jogo para perder no final.

O que faltou de competência para nós, sobrou para jovem Léo Chu, que acertou um chute indefensável, daqueles que só acerta quem está com muita confiança. E é justamente a confiança que tem faltado a diversos jogadores colorados em uma quantidade considerável de clássicos recentes.

Cobranças

Esse é um dos desafios do recém-chegado Miguel Ángel Ramírez, que pouca — ou nenhuma — culpa teve na derrota, mas que também terá de rever algumas questões referentes à falta de objetividade do esquema e de decréscimo técnico vertiginoso de jogadores que terminaram a temporada passada como principais referências de qualidade de um time que foi vice-campeão brasileiro. Há trabalho pela frente. E as cobranças vão começar.