Paixão Colorada
Marcelo Gonzatto: dupla Gre-Nal passou a viver da desgraça alheia
Torcedores de Inter e Grêmio acumulam frustrações com suas próprias equipes
![Marcelo Gonzatto](https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/23782845.jpg?w=128)
![André Ávila / Agencia RBS André Ávila / Agencia RBS](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/9/5/4/8/3/5_62dbe85b2a295a8/538459_d5e94e49b74e30a.jpg?w=700)
É isso que restou ao futebol do Rio Grande do Sul, cuja capital ostenta uma taça de Campeão do Mundo e uma digna taça Toyota: soltar foguetes quando o teu time não joga.
Como nem a equipe vermelha, nem a azul consegue bater adversários xoxos, capengas, mancos, anêmicos, frágeis e inconsistentes, a única opção do torcedor é gritar na janela quando o rival perde ou é eliminado de competições importantes. Quando o outro sai derrotado para o Fortaleza ou para o Atlético-GO.
A briga, hoje, é pra ver quem é varrido por último dos campeonatos, ou quem desliza mais devagarzinho para aquela zona no fim da tabela que maldosos chamam de cemitério de imortais. Desculpem, mas alfinetar os gremistas é tudo o que um colorado pode fazer hoje em dia para se animar. Assim como tricolores soltaram fogos na fria noite de quinta-feira após o Olímpia, mais uma vez, estragar os planos do Inter em uma Libertadores.
Gols perdidos
Que fiasco monumental. Que decadência para ambos os clubes que costumavam enfrentar os temíveis Barcelona ou Hamburgo de peito aberto. Hoje, a grande alegria é quando passa o jogo do rival na TV, e o time do coração se mantém a uma distância segura de um campo de futebol. Melhor esse pessoal dentro de uma banheira quentinha do que no interior da grande área adversária, onde os atacantes da tua equipe vão errar gols inacreditáveis e fazer a única alegria do torcedor rival.
Resta comemorar os gols dos inimigos do teu inimigo.