Escrevo esta coluna antes do final da nossa estreia na Copa São Paulo, portanto não tem como falar do resultado. Ainda não anunciamos nenhum dos reforços alinhados, mas Wesley Moraes e Nikão são nomes praticamente certos, e na terça-feira (4) surgiu a notícia de que a troca de Patrick por Liziero com o São Paulo também está bem encaminhada. Mas nada oficial, então é melhor buscar outro tema, afinal. Pois, na minha última coluna por ora — o titular Lelê Bortholacci volta de férias e reassume este espaço nesta quarta-feira (5) —, confesso que penei para encontrar algum assunto.
Até que me dei conta: o Inter é, sempre, assunto. É a relação mais antiga e duradoura da minha vida, e vai ser assim até meu último dia vivo. Todos os dias, todas as horas, mesmo antes de trabalhar com jornalismo esportivo, eu passava (muito) mais tempo do que o recomendado ou do que era saudável pensando no Inter. Tudo que eu fazia, fazia para responder uma única pergunta: "Esta atitude pode ajudar o Inter?". Mesmo que não fosse nada relacionado a futebol, a simples existência de uma camisa vermelha qualquer, passando pela rua, fazia tudo valer a pena.
A gente gosta de ser campeão — todos os torcedores, de qualquer clube no mundo, gostam. Nisso, somos todos parecidos. O que torna clubes e torcidas diferentes é sua relação nos momentos em que as coisas não vão tão bem. Ou mesmo naqueles em que tu nem estás pensando em futebol. Por anos e anos, o Inter tirava o que tínhamos de melhor, e isso nos ajudou a aproveitar também as coisas boas da vida. Depois daqueles cinco anos mágicos entre 2006 e 2011, muita gente ficou mal acostumada e ingrata. Espero, de coração, que a nossa retomada — e ela vem em breve — faça com que todos saibamos aproveitar bem os bons momentos. Eles não duram muito, mas são eternos.
Leia mais
Inter encaminha venda de Patrick ao São Paulo e negocia com Liziero
Com histórico de superação, Nikão chega ao Inter após protagonismo no Athletico
Inter tenta superar concorrência do River Plate e pode esperar seis meses por lateral argentino
Sempre continuar
Muito mais do que títulos, muito mais do que dramas, é essa relação cotidiana, que mais lembra uma grande amizade do que uma paixão arrebatadora, é que me faz sempre continuar com o Inter. É isso que vale a pena. O Inter vale a pena. Obrigado pela companhia nestes dias.