Os gramados do Campeonato Gaúcho viraram pauta a partir do começo da competição. Na atual temporada, passaram a ser destaque de forma negativa. A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) afirma que o acompanhamento junto aos clubes foi realizado e as instruções do que deveria ser feito também foram repassadas. Porém, isso não reflete na realidade dos estádios do Gauchão.

No domingo (29), o Grêmio realizou o confronto com o São José em um piso com condição deplorável. As cenas vistas pelos colegas de Rádio Gaúcha que estavam presentes no Passo D'Areia são constrangedoras. Esse fator rebaixa o nível técnico da competição e tira a possibilidade dos times apresentarem seu futebol na melhor condição.

Agora, fora de qualquer análise está o Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Não há condição de praticar futebol no local, é ruim e esteticamente pior ainda. Até o Grêmio, um dos grandes clubes do país, tem dificuldade com a questão gramado. Claro que o Tricolor tem problemas de administração, pois não tem a chave do estádio onde joga e não manda nas questões da Arena. Mas, de qualquer forma, alguém precisa ser cobrado por isso.  

Como exemplo fica o Beira-Rio. O padrão do gramado do estádio colorado é elogiado por jogadores que já atuaram nos principais palcos do mundo. No jogo entre Inter e São Luiz, após um intenso temporal, a grama permaneceu intacta. Não cobramos dos times do Interior o mesmo nível, pois sabemos da dificuldade que possuem.

Mesmo sem o poder de investimento igual a uma equipe de Série A, temos bons gramados no Estadual que podem servir como espelho para outros clubes. São eles: Centenário, em Caxias do Sul, e o 19 de Outubro, campo do São Luiz, em Ijuí. São provas de que é possível ter um gramado digno para jogar futebol.

Para isso se tornar realidade, a FGF, além de passar instruções, deve cobrar dos clubes um padrão mínimo de qualidade. Caso esse padrão não seja respeitado, os times ficam sujeitos a algum tipo de multa ou de não jogar em casa. Mas tudo isso fica para 2024.