Ídolo na casamata
Aos gritos de "o campeão voltou", Felipão desembarca em Porto Alegre
Novo técnico do Grêmio chegou à Capital para ser apresentado
Eram 10h18min quando Felipão desembarcou do ônibus que o levou do terminal novo ao antigo do aeroporto Salgado Filho. E, voltando ao passado, centenas de torcedores gritavam do lado de fora: "O campeão voltou".
O novo técnico do Grêmio se aproximou do portão que quase cedeu pela pressão feita pela multidão aglomerada do lado de fora do terminal 2. Ao lado dele, Rui Costa e Marcos Chitolina, os homens do futebol gremista.
Como foi a coletiva de apresentação
Felipão acenou, deixou seu autógrafo em uma bandeira e entrou no carro que o deixaria na Arena para sua apresentação. Na saída, o veículo de vidros escuros foi cercado por torcedores que não paravam de cantar. Cinco viaturas da Brigada Militar vigiavam de perto, mas não houve transtornos, além do fanatismo.
- A única certeza é que vai dar certo. A torcida vai ficar junto com ele. Vai voltar ganhando o Gre-Nal - disse Bruno Padilha, 23 anos.
"Aqui é minha casa", diz Felipão na coletiva de apresentação
Mas a torcida sangra por títulos. E é recordando a década de 1990 que a relações públicas Juliana Cardoso, de 30 anos, sonha com novos ventos a partir do retorno de Felipão.
- A esperança é total, de muitos canecos. Tudo que a torcida quer. Ver o cara que fez tudo pelo Grêmio nos dá essa certeza - afirma, ao lado da irmã Elisa Cardoso, 18 anos, que sequer havia nascido quando da última passagem de Felipão pelo Grêmio.
A eliminação vexatória da Seleção Brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo em nada arrefeceu o sentimento do torcedor por Luiz Felipe Scolari. Para o professor de Educação Física Anderson Madeira, 32 anos, a parceria Felipão-Fábio Koff "tem tudo para dar certo de novo". Mas foi a relações públicas Juliana que, em uma palavra, resumiu o sentimento da nação tricolor:
- É carinho. O Felipão e o Grêmio precisam voltar a sentir isso.