Grêmio



Ainda em aberto

Casos emblemáticos de racismo em estádios no RS aguardam desfecho na Justiça

Xingamentos e gestos imitando macaco, direcionados ao goleiro do Santos na Arena nesta quinta-feira, reabrem a discussão sobre o assunto

29/08/2014 - 18h52min

Atualizada em: 29/08/2014 - 18h52min


Os atos de racismo cometidos na Arena durante a partida Grêmio x Santos pela Copa do Brasil, nesta quinta-feira, trazem o assunto de volta às rodas de conversa e ganham destaque nas redes sociais.

Ainda sem desfecho, relembre os dois episódios mais emblemáticos de racismo em estádios de futebol no Estado e como se desenrolaram até agora.

Grêmio identifica cinco torcedores e suspende dois associados, incluindo Patrícia
Com exposição nas redes sociais, torcedora vira símbolo da cultura racista dos estádios
Árbitro diz que não ouviu ou presenciou atos racistas na Arena


1. Montanha dos Vinhedos

- Em 5 de março, o ex-árbitro Márcio Chagas da Silva, foi alvo de agressões racistas na partida entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Ele foi chamado de macaco, seu carro foi amassado, riscado e "enfeitado" com bananas.

- A Polícia Civil investigou o caso, mas o inquérito foi concluído sem apontar autores. O Ministério Público pediu novas diligências, incluindo a solicitação de imagens de TV e depoimento de mais testemunhas.

- Na esfera cível, o MP e o Esportivo assinaram um Termo de Ajuste de Conduta, no qual o clube se comprometeu em promover ações contra o racismo, com inserções de conteúdo antiracial em site, em brindes, em ingressos e em painéis no estádio.

- Na Justiça Desportiva, o clube de Bento Gonçalves foi punido com a perda de três pontos, e acabou rebaixado para a Segunda Divisão do futebol gaúcho.


2. Arena

- Ao final do Gre-Nal em 30 de março, o zagueiro Paulão, do Inter, foi insultado por um grupo de torcedores do Grêmio que imitavam som de macacos. Irônico, Paulão aplaudiu, e um torcedor reagiu chamando o jogador de macaco.

- Paulão representou contra o torcedor, e a Polícia Civil abriu inquérito. Foram ouvidos testemunhos e colhidas imagens da Arena, mas o caso não foi em frente. A qualidade dos vídeos não permitiu identificar o torcedor. O MP deverá solicitar novas diligências. Caso alguém saiba quem é autor das ofensas, poderá comunicar as autoridades.

*ZH Esportes


MAIS SOBRE

Últimas Notícias