Coluna do Pedro
Pedro Ernesto: o estilo europeu de Aguirre
Diego Aguirre inovou entre nós e causou muita desconfiança. Nessa última semana, sublimou. O time titular, o da Libertadores, foi maravilhoso no Chile. Ontem, o time reserva, o do Gauchão, alcançou a classificação para a finalíssima com grande atuação sobre o Brasil-Pel. Aguirre começa a nos convencer que está certo e que um time de futebol com bom grupo, caso do Internacional, pode ter sucesso assim.
Valdívia deu um show. Fez de tudo e começa a mostrar que pode vir a ser um grande jogador. Se desconfiava que ele poderia ser um jogador sem qualidade de conjunto. Ontem ele provou que pode muito mais. Wiliam, o jovem lateral direito, foi muito bem. Andershow fez a sua melhor partida no Internacional. O Inter vai para a final com grandes notícias e a afirmação do seu treinador.
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Estrutura
O Grêmio vai para os jogos finais com boa estrutura de equipe. Este é um mérito que se pode ver no trabalho de Luiz Felipe Scolari. Não é nada maravilhoso, mas é uma estrutura capaz de dar equilíbrio ao time, bom toque de bola e a certeza de que vai enfrentar o Internacional com grandeza. O maior problema que Felipão ainda não conseguiu melhorar é o ataque. Braian Rodríguez não faz gols, Luan resolve vez por outra e Geromel tem sido o salvador da pátria. O que se pode dizer é que o Grêmio está pronto para fazer uma grande final.
Titulares ou reservas?
O Inter tem um jogo decisivo na quarta feira contra o The Strongest voltando a apresentar o time titular. E depois? Com que time Diego Aguirre vai entrar em campo no Gre-Nal do próximo domingo na Arena? Se a Conmebol marcar o jogo das oitavas de final para a segunda quarta-feira tenho convicção de que ele escala time reserva para decidir o Gauchão. Aguirre sabe que sua equipe reserva tem muitos jogadores de qualidade e que a Libertadores é mais importante e não pode ser descuidada. Não tem saída: o Inter prioriza a Copa Libertadores, mas isto não diminui a decisão do Gauchão.
Demmmaaaiiisss
Hoje pela manhã tem reunião na Arena para tratar de torcida mista nos dois Gre-Nais que vão decidir o Gauchão. Deu muito certo no primeiro clássico do ano. Demos uma prova ao mundo de civilidade, de respeito entre torcedores, um exemplo a ser seguido. Torço para tudo aconteça novamente, do jeito que foi no Beira Rio.
De menos
Oito torcedores do Corinthians foram fuzilados na noite de sábado. Torcedores? Não, acho que este adjetivo não serve. São marginais, possivelmente traficantes em mais um acerto de contas. Pena que eles se estabeleçam no meio do futebol trazendo insegurança para os verdadeiros torcedores.