Foi um clássico incomum, o Gre-Nal que garantiu o título de pentacampeão gaúcho ao Inter. Diego Aguirre, o uruguaio cordato, de fala elegante em um portunhol de palavras estudas, pois este técnico chegou à primeira conquista no Inter, quatro meses depois de desembarcar com desconfiança. O Inter venceu por 2 a 1 com um time de jovens, e com gols de Nilmar e Valdívia, os dois que servem de símbolo ao período de Aguirre. Giuliano marcou para o Grêmio, que não se entregou facilmente e levou a tensão até o final. 

Relembre os lances da partida

Tudo começou com uma avalanche incomum em clássicos. Em velocidade, o Inter se atirou ao ataque e acuou o Grêmio no início. Tanto que a quatro minutos, Fellipe Bastos acertou Valdívia e recebeu cartão amarelo. Sua vida no clássico se complicava naquele momento. Na real, a vida do Grêmio se complicava. O homem para morder os calcanhares de D'Alessandro já estava amarelado. Na continuação, Valdívia acertou lance de cabeça que Marcelo Grohe salvou. Mas os contra-ataque de três contra três, com Sasha, Valdívia e Nilmar, acabaram por chegar à frente de Grohe. O goleiro saiu para abafar, mas a bola bateu por último em Nilmar e entrou. Era o 1 a 0.

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Aos 10 minutos, em outro contra-ataque, desta vez com Sasha, que partiu com tamanha velocidade que inibiu a saída de Grohe, mas o lance foi desperdiçado. A partir de então, o desenho do Gre-Nal tinha um Inter esperando o Grêmio e ainda com espaço em contra-ataques fulminantes.

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Foi o que aconteceu aos 17 minutos. Nilmar saiu em outro contra-ataque. Aplicou meia-lua em Matías Rodríguez. Ele chegou à frente da Grohe, serviu com generosidade Valdívia, que concluiu o 2 a 0.

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De resto, o Grêmio preencheu o tempo com as aproximações e passes laterais por conta de Maicon, Douglas, Giuliano, que jamais chegou ao isolado Braian. Nem a providência de trocar a chuteira de Marcelo Oliveira serviu para acalmar os ânimo.

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Aos 28 minutos, Fellipe Bastos foi para o banco totalmente irritado com a situação. O cartão no início o inibiu. Deu lugar para Walace. E o jogo já não ficou tão evidente a favor do Inter.

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O Inter se permitia exuberâncias. Como no lance em que Nilmar dominou um lançamento longo com o peito sobre Erazo, em direção a Valdívia, que vinha enlouquecido, mas Rhodolfo afastou. Em outro, de novo Valdívia, de tão solto, se atreveu a bater de frente, mas a bola passou ao lado de Grohe.

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Então aconteceu, aos 47 minutos. Em cruzamento de Douglas, na cobrança de falta, Rhodolfo cabeceou livre, Alisson fez defesa parcial e Giuliano marcou o 2 a 1. O Grêmio foi ao intervalo vivo. O clássico prometia mais emoções. A exuberância ficou no vestiário.

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Quem foi à campo foi Lisandro López, que entrou no lugar de Nilmar, acusando dores musculares. Também Yuri Mamute foi chamado por Luiz Felipe Scolari, que tinha de reagir. Retirou Braian, de produção zerada até então. E o que se viu no início foi um equilíbrio de forças, com uma excentricidade: o escanteio em que Valdívia tentou marcar gol olímpico em escanteio.

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Na altura dos 20 minutos do segundo tempo, o Grêmio se mostrava mais insistente com os avanços de Mamute pelo lado esquerdo, apesar da segurança do garoto William. Felipão queria mais. Chamou Everton e, ao contrário do primeiro Gre-Nal, Diego Aguirre anunciou Alex. O estádio explodiu em reverência, até porque estava saindo de campo D'Alessandro, o motor que colocou o trio de frente colorado a correr. Douglas, que não fez mau clássico, saiu de fininho para dar lugar a Everton. O clássico ficou nervoso. Um gol do Grêmio mudaria o humor do estádio e dava o título para ao time de Felipão.

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A ansiedade ficou clara nos lances em que Marcelo Oliveira, Rhodolfo, Valdívia e Ernando sofreram cartão amarelo. O Grêmio insistia, o fim de tarde ficou tenso, embora não houvesse lance de perigo. Alan Ruschel entrou para ocupar o lugar de Geferson,
lesionado. Um chute de Giuliano, aos 36 minutos, obrigou intervenção de Alisson, e Alex pediu a reação da torcida.

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