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Novelletto rebate pedido de condenação por má-fé, mas diz que "não se lembra" de atestado

Presidente da FGF afirmou que estava fora do país em data de audiência de processo contra ele na Justiça do Trabalho

11/06/2015 - 15h39min

Atualizada em: 11/06/2015 - 15h39min


André Baibich
André Baibich
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Fernando Gomes / Agencia RBS

Após a ausência do presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, em uma audiência na Justiça do Trabalho, referente ao caso em que o Ministério Público do Trabalho (MPT) contesta o regime de contratação dos fiscais de arrecadação dos jogos, o órgão pediu a condenação do dirigente por má-fé. O MPT colocou em dúvida a veracidade de um atestado médico apresentado para justificar a ausência, além de rebater a explicação de que Novelletto estava fora do país.

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Em entrevista a ZH, o presidente da FGF respondeu ao MPT e afirmou que estava no Exterior no dia da audiência. Destacou que a transferência da sessão para o dia 7 de agosto teria sido motivada pelo não comparecimento de uma testemunha, e citou que o vice-presidente da FGF o representou na Justiça do Trabalho. Sobre o atestado médico, Novelletto disse não se recordar do documento, em que há a menção de reações ao "estresse grave" para justificar seu afastamento de atividades laborais por 15 dias. Lembrou, porém, que sofre constantemente de estresse, e poderia dar "um atestado por dia" por conta do problema.

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O MPT contesta um atestado médico que seus advogados apresentaram para justificar sua ausência em uma audiência. O senhor esteve enfermo no período em que houve a audiência?
A transferência da audiência não foi por minha causa. Eu fui representado pelo meu vice. Não era um assunto meu, particular. É da Federação Gaúcha.

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O procurador citou que o processo lhe mencionava como pessoa física.
Não, não tem nada a ver. É um processo da Federação, em que eu não pude participar, mas o vice participou. Eu dei procuração a ele para isso. O problema é que uma testemunha não foi, e o juiz prorrogou para agosto. Só que este cidadão do Ministério Público não aceitou. É um absurdo. Ele quer que uma empresa, que tem os fiscais para fazer o borderô do jogo, que os clubes paguem. Esta empresa foi contratada para a inauguração da sede da Federação. Foi dada nota fiscal. O cara botou na cabeça que os 300 funcionários dessa empresa, que não são nem funcionários, fazem "bico", tem de ser funcionários da Federação.

Mas presidente, a respeito do atestado...
Não foi atestado, eu estava fora do país.

Mas há um atestado afirmando que o senhor estaria enfermo.
Não sei. Isso não sei te dizer. Sei que eu estava fora do país.

O MPT também contesta que o senhor estava no Exterior na data da audiência.
Eu estava. Só se o meu espírito estivesse aqui. Disseram que eu teria dado entrevista no dia 10, que eu atendi alguém na Federação. Só se foi meu espírito. Eu estava fora do dia 8 ao 18. Vieram me dizer que no dia 15 eu dei entrevista, que eu menti que estava fora do país. A não ser que foi alguma entrevista gravada, que eu fiz antes para ir ao ar outro dia.

Mas quanto ao atestado? O documento afirma que o senhor teria "reações ao estresse grave".
Isso eu sofro diariamente. Estresse é o que mais tem. Posso dar um atestado por dia.

Mas o senhor não tinha conhecimento deste documento?
Eu não lembro. Só contestei que ele está dizendo que eu estava neste período aqui escondido. Mas o juiz aceitou a transferência, e não foi por mim. O assunto é Federação, e não uma empresa minha.

* ZH Esportes


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