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De Fora da Área

Paulo Lava: uma corrida que vale R$ 1 milhão

Neste domingo, ocorre a Corrida do Milhão na Stock Car, uma promoção que nasceu na Nascar

14/08/2015 - 09h19min

Atualizada em: 14/08/2015 - 09h19min


Nos bastidores do automobilismo brasileiro, a principal conversa das últimas semanas teve como pauta a sétima edição da Corrida do Milhão, agendada para domingo, em Goiânia.

Para muitos integrantes do Circuito Nova Schin/Stock Car, até mais importante do que vencer o título de 2015, faturar uma verba extra é fator para lá de importante e, claro, qualquer receita extra agrega o nem sempre fornido orçamento das equipes.

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A mais antiga categoria em atividade do automobilismo brasileiro nasceu inspirada na NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing - Associação Nacional de Corridas com Carros de série). Por este motivo, não chega a ser espantoso constatar que, desde 2008, acontece etapa que premia seu vencedor com um cheque milionário. Até aí, nenhuma novidade. Porém, vai longe o tempo no qual pilotos alinhavam suas máquinas motivados apenas em vencer - pouco se falava em premiação monetária. Poucos imaginavam que no futuro o esporte motorizado se tornaria profissão e que tanto pilotos, como proprietários de "escuderias", concorreriam a tantos prêmios como automóveis '0km' e quantias vultosas.

Para resumir o que seria longo relato, registre-se que no NASCAR, a expressão "um milhão de dólares, em uma única prova" passou a ser proferida a partir de 1998, quando o heptacampeão Dale Earnhardt venceu a prova Daytona 500 (prova de abertura). Oito anos mais tarde, foi a vez de Jimmie Johnson embolsar similar quantia na prova extracampeonato Sprint All-Star Race, realizada anualmente no circuito de Lowe's - a conta bancária do hoje principal piloto da equipe Chevrolet recebeu um reforço de US$ 1.017.604.

Daí para frente, premiações de um milhão - ou acima de - tornaram-se lugar comum. Muitas vezes, anabolizadas: Em 2008, além de receber US$ 1.5 milhão pela vitória na Daytona 500, Ryan Newman ainda recebeu premio extra de US$ 1 milhão de dólares, oferecido pelo então presidente da Chrysler Motors, Robert Nardelli. No ano seguinte, a Ford premiou o vencedor Matt Kenseth com um Ford GT.

Por essas e outras, nada mais justo saudar a iniciativa da Stock Car Brasil em promover corridas milionárias. Melhor mesmo só se outras categorias fizessem o mesmo. O automobilismo, pilotos (e, claro, equipes), penhoradamente, agradecem...


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