A semana de treinos dará tempo para Argel pensar, armar e orientar o time que enfrenta o Cruzeiro no domingo. Agora não dependemos exclusivamente de nossos resultados. Não dependeríamos também se tivéssemos vencido o Fluminense.

Penso que a insatisfação da torcida não se dá pelo resultado em si, mas pela maneira como aconteceu, e pelo temor de que volte a ocorrer.

A verdade é que tivemos um 2015 altamente irregular, agravado agora, no fim do ano, por lesões e acontecimentos incríveis como os casos de uso de substâncias incompatíveis com a prática desportiva por dois jogadores importantes para o elenco. Isso fez com que Argel acumulasse outras funções além de técnico. Se, por um lado, tem tempo para pensar e treinar o time, por outro vai sofrendo defecções importantes, o que o obriga a resolver problemas inesperados.

D’Alessandro nunca se recuperou totalmente da hérnia de disco. Sasha só poderá retornar na pré-temporada e Valdívia provavelmente só no segundo semestre de 2016. Some-se a isso a impossibilidade de Wellington e Nilton, que aguardam julgamento do STJD.

No entanto, o que descrevi não pode ser desculpa para a falta de atitude que o Inter vem demonstrando durante o ano.

O fato de alguns titulares estarem momentaneamente impedidos não encobre a falta de ambição. Nesse ponto, Argel é corresponsável, na medida em que cabe a ele incutir na cabeça de seus jogadores (sejam eles quem forem), o espírito de luta e a busca incansável pelas vitórias.

Não é o resultado. O que nos maltrata é a forma como vêm sendo obtidos.

Leia outras colunas da Paixão Colorada

*DIÁRIO GAÚCHO