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Ainda dá

Fisioterapia, trabalhos na academia e apoio da família: a corrida de Valdívia para estar na Olimpíada

Meia necessita de mais dois meses longe das movimentações com bola

20/02/2016 - 14h01min

Atualizada em: 20/02/2016 - 14h01min


Alexandre Ernst
Alexandre Ernst
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DOUGLAS MAGNO / AFP

A Olimpíada do Rio ainda pode ter Valdívia. Wanderson Ferreira de Oliveira vive uma paciente rotina diária de fisioterapia e trabalhos especiais incentivado por uma grande esperança: ainda é tempo de se recuperar da cirurgia no joelho e concorrer à vaga no grupo brasileiro que vai buscar medalha inédita para o Brasil.

Vai ser em cima do laço, a competição é de 5 a 21 de agosto. Por enquanto, Valdívia trabalha muito e joga videogame.

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Não será fácil figurar na lista de Dunga. Para o meia e para os médicos do Inter. Valdívia necessita de mais dois meses longe de qualquer movimentação com bola. É o protocolo para quem teve de reconstruir o ligamento cruzado anterior esquerdo.

O médico Mateus Falcão explica que a lesão ocorrida quando o jogador de 21 anos defendia a seleção olímpica do Brasil contra os Estados Unidos, em Belém, deixa o atleta de molho por cinco meses - tempo necessário para que o enxerto implantado na intervenção se consolide.

Valvídia tem trabalhado com os fisioterapeutas do Inter pela manhã e à tarde. Já realiza exercícios na academia para não comprometer a musculatura. O local da cirurgia necessitará de atenção especial. De acordo com Falcão, é normal a perda de massa em qualquer pós-operatório. Principalmente, de membros inferiores.

- Ele tem amplitude total do movimento do joelho. O pós-operatório foi um pouco complicado, ele sofreu uma reação inflamatória, foi feito um novo procedimento, de limpeza. Isso atrasou algumas semanas na recuperação. É difícil dar uma estimativa final, mas gostaríamos de colocar ele em campo até o final de junho - afirma Falcão.

Longe dos médicos do Inter, os pais, Francisco e Dinair, e o irmão mais velho, Adriano, têm sido os enfermeiros - e motivadores - de Valdívia. Desde a saída da mesa de cirurgia, o trio se reveza para que o jogador se sinta à vontade em casa e nos lugares em que pretende ir.

Valdívia teve de utilizar muletas durante duas semanas. Adriano, então, trouxe à Capital uma dezena de garotos da escolinha que leva o nome do meia, em Jaciara, Mato Grosso. Os pequenos passaram alguns dias com o jogador, riram, brincaram, tiraram fotos, ganharam de presente muitos autógrafos. E jogaram videogame, claro.

- O Valdívia saiu da cirurgia e já estava fazendo piada. Ele enfrenta as dificuldades brincando. Ele cura a tristeza jogando videogame. O pai e a mãe ajudam com os remédios, com as vitaminas que ele tem de tomar. Passamos, todos, a virada do ano em Atlântida. A base familiar dele é muito forte - explica Adriano.

Em seu perfil no Instagram, Valdívia comprova os dizeres do irmão. Em apenas uma postagem, o meia-atacante fez menção de estar triste ou abatido devido à lesão. "Saudade", escreveu Valdívia na legenda de uma foto em que aparece em campo, com a bola dominada, em direção ao gol adversário.

Fora este compartilhamento, os demais brincam com as mais variadas situações, desde montagens de seguidores e fãs que se parecem com o craque até um vídeo nas férias em que pesca um peixe menor que um dedo mindinho.

- Ele está mostrando uma maturidade acima da média. Ele leva tudo a sério, mas não perde aquela alegria, aquele jeito brincalhão. Ainda no hospital me disse que voltaria a tempo para jogar a Olimpíada. É sua principal motivação para superar a recuperação - aponta o empresário Jair Peixoto.



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