Foi um jogo de afirmações do Grêmio diante do São Paulo. Destacaram-se Bolaños e Negueba, os substitutos de Luan e Giuliano, mas não há como ignorar o peso da atuação de Maicon no 1 a 0.
Há algum tempo o capitão não tinha desempenho deste nível. Teve uma movimentação mais agressiva do que de costume, já que projetou-se à frente, em vez de se manter atrás como opção de passe de recuo. O gol é o mais acabado exemplo desses deslocamentos, mas não o único. Maicon parecia decidido a arrancar na vertical com a bola, algo que foge às suas características.
Fora os bons desempenhos individuais, foi atuação típica dos melhores momentos do Grêmio de Roger. Bela recuperação após o deslize na Ilha do Retiro.
Técnicos opostos
Até Falcão reconheceu, mesmo sem dizer com todas as letras, que o 2 a 2 do Inter com a Ponte foi muito melhor do que a preocupante atuação. A equipe paga pela falta de planejamento da diretoria, que buscou um técnico com convicção oposta à do anterior. Para fazer o time jogar de acordo com o que acredita, Falcão terá de promover revolução, desaconselhável agora.
Hiato colorado
Enquanto chacoalha as estruturas do Inter e tenta desfazer o que deve perceber como equívocos do antecessor, Falcão desmancha, também, o pouco padrão coletivo deixado por Argel. E nesse hiato entre a saída de um e a chegada de outro, as atuações são horripilantes.