Dupla Gre-Nal



Coluna do Pedro

Pedro Ernesto: "Morte cerebral"

É mais ou menos assim que vejo a situação do técnico Guto Ferreira

25/07/2017 - 07h02min

Atualizada em: 25/07/2017 - 07h02min


Pedro Ernesto Denardin
Pedro Ernesto Denardin
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Na linguagem médica, morte cerebral significa o paciente que não mais retorna à vida. Ele ainda respira, está ali, mas não sobreviverá. É mais ou menos assim que vejo a situação do técnico Guto Ferreira à frente do Inter. Se perder ou empatar, é claro que está fora. Mas mesmo se ganhar do Oeste ainda poderá ser sacrificado. Essa vitória precisa vir acompanhada de desempenho. Um mínimo desempenho, que seja razoável, que prometa alguma coisa melhor daqui para a frente. É tudo o que o atual técnico do Inter não tem conseguido. A paciência do torcedor se esgotou há horas, e ele só não saiu porque há constrangimento em ter o sétimo treinador em 19 meses. Não creio que Guto seja técnico do Inter no próximo jogo, na outra terça-feira, contra o Goiás.

PREJUÍZO

O Grêmio merecia e deveria ganhar.

É melhor do que o São Paulo e jogou mais, mas só empatou. O domínio foi absoluto. O São Paulo teve apenas uma oportunidade, suficiente para o empate. Depois disso, a vitória não chegou. Prejuízo para a caçada ao Corinthians. Agora é o carimbo da classificação quinta, na Arena da Baixada, contra o Furacão. Tá muito fácil: 4 a 0.

CORINTHIANS

Não é apenas uma liderança no Brasileirão. São apenas duas derrotas ao longo da temporada e já estamos quase no oitavo mês. São 30 jogos de invencibilidade. E não estamos falando de um time recheado de estrelas. Estamos falando de um time montado de forma modesta por um clube endividado, que nem sequer tem dinheiro para pagar o preço dos direitos do zagueiro Pablo e de outros jogadores. O milagre é o treinador. Fábio Carille deve ter aprendido com os técnicos com quem trabalhou, notadamente Tite, e usa essas lições com absoluta precisão.

VITÓRIA

O clube baiano se salvou no ano passado no CAS, na luta travada com o Inter devido à inscrição do zagueiro Victor Ramos. Neste ano, no entanto, deve ser rebaixado pela ruindade do seu futebol. Demite treinadores, demite dirigentes e nada parece fazê-lo melhorar. É um clube que balança para ser rebaixado em todas as temporadas, Numa delas, acontece. Tudo indica que não passe desta temporada. Paulo Cézar Carpegiani, que no ano passado salvou o Coritiba, desembarca na Bahia para tirar o Vitória do caminho da Série B.

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