Opinião
André Baibich: Cícero é o jogador que mantém a identidade do Grêmio e, por isso, a melhor opção na Recopa
Renato mexeria em posições, funções de seus jogadores em campo, mas preservaria o que sua equipe tem de mais precioso
Era natural que Jael fosse, na reta final de 2017, a opção preferencial para substituir Barrios. Renato tinha um centroavante em crise técnica, que precisava ser retirado de campo durante os jogos para não prejudicar a equipe. Colocava-se um remendo, um jogador que tem evidentes limitações técnicas, mas por suas características era capaz de manter a estrutura do time.
Fazer grandes mudanças em um jogo de final de Libertadores ou de Mundial de Clubes é imprudente. Mexer para uma final de Recopa, disputada em início de temporada, são outros quinhentos. Por isso defendo a escalação de Cícero contra o Independiente — isso se o Grêmio não fechar com um centroavante até lá.
O ideal seria escalá-lo como meia, passando Luan para a função mais adiantada. Renato mexeria em posições, funções de seus jogadores em campo, mas preservaria o que o Grêmio tem de mais precioso: seu DNA de passes curtos e tabelamentos, que exige qualidade técnica de quem o executa.
AINDA FALTA 1 — Há quem se empolgue com o início de bons resultados do Inter, mas o trabalho de Odair está recém no início. Como tenho repetido neste espaço feito um mantra, é necessário ter prudência. O time mostra disposição para executar em campo o que quer o treinador, mas é evidente que faltam movimentos mais coordenados para que a equipe se aproxime, faça trocas de posições e envolva o adversário.
AINDA FALTA 2 — Entre as evoluções necessárias do Inter, está a de firmar uma marcação adiantada mais agressiva. Para um time que se dispõe a jogar no campo de ataque e propor o jogo, "morder" a saída de bola do adversário é decisivo para encurralá-lo atrás. Talvez por falta de pernas, a equipe tem recuado as linhas quando o rival fica com a bola.