Opinião
André Baibich: o Inter perdeu, mas melhorou por conta de ajustes na saída de bola
Equipe fazia trocas de posição para revezar quem iniciava as jogadas e tentar confundir a marcação
Apesar da derrota, foi um Inter melhor do que na estreia contra o Veranópolis, o outro jogo em que os titulares estiveram em campo. Mas ainda longe do nível ideal. Normal para um time ainda em construção, buscando assimilar as ideias do treinador.
Viu-se no primeiro tempo que Odair está preocupado em ajeitar a saída de bola. A equipe fazia trocas de posição para revezar quem iniciava as jogadas e tentar confundir a marcação. Mas não demorou para voltarem os movimentos previsíveis da estreia, com o recuo de D'Alessandro para "arredondar" o início dos lances e seus companheiros estáticos demais para lhe dar opções de passe.
Fato é que só esses pequenos ajustes fizeram com que o Inter construísse um pouco mais, especialmente quando ainda houve perna, no primeiro tempo. É um indício de que o time pode melhorar, mas isso só será possível se corrigir, também, seus problemas defensivos.
MAL ATRÁS — O time de transição do Grêmio voltou a sofrer com erros defensivos, que resultaram em dois dos três gols do Avenida no 3 a 2 da equipe de Santa Cruz. Primeiro foi Mendonça, que se destacou justamente pela eficiência na bola aérea contra o São Luiz, mas se equivocou no tempo de bola no gol de Luís Henrique. Depois, o experiente Paulo Miranda escorregou e a bola sobrou para Marques fazer o segundo. O terceiro foi quase um acidente, na pancada de Toto que desviou na zaga.
MATHEUS E JEAN PYERRE — Há jogadores interessantes nessa equipe, mas o jogo em Santa Cruz foi o pior da gurizada do meio para frente (apesar dos gols marcados). Faltou profundidade, chegada mais forte ao ataque após as trocas de passe. Ainda assim, o entendimento entre Jean Pyerre e Matheus Henrique, o primeiro mais posicionado para iniciar as jogadas, o segundo com movimentação incessante e técnica apurada, é algo a se comemorar em meio aos resultados ruins.