Dupla Gre-Nal



Opinião

André Baibich: vale a pena tentar a adaptação de Camilo ao lado esquerdo

Meia tem treinado em posicionamento aberto neste início de temporada

11/01/2018 - 07h00min


André Baibich
André Baibich
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Lauro Alves / Agencia RBS

Camilo parece estar recuperado e à disposição para a estreia do Inter no Gauchão, o que devolve a Odair as questões que cercam o aproveitamento e posicionamento do meia em campo. Volta o debate da possibilidade do ex-jogador do Botafogo atuar ao lado de D'Alessandro e, indo além, de sua adaptação à função pelo lado esquerdo.

Para que Camilo se encaixe ao 4-2-3-1 de Odair, tem de cumprir a função pelo flanco, acompanhando o lateral adversário e partindo da região mais próxima à linha lateral. Em teoria, é algo que pode fazer. 

Nem todo jogador de lado precisa ser rápido e driblador. Se há um velocista do outro lado, como é Pottker, há espaço para um "ponta-articulador", que saia dali para o meio, onde pode se aproximar de D'Ale e combinar boas jogadas com o argentino.

A questão é que tudo isso é teoria, porque na prática Camilo tem mostrado dificuldade para jogar aberto. Mudar o esquema para um tradicional 4-4-2, com o meio-campo em quadrado, parece imprudente. É um sistema ultrapassado, sobrecarrega os laterais na marcação. 

A solução para que os dois articuladores colorados atuem juntos, portanto, passa por esse processo de adaptação de Camilo. É difícil, mas em nome do aproveitamento dos melhores jogadores do grupo, a experiência vale a pena.

CONCORRÊNCIA 1 — Seria justo Renato incentivar a concorrência entre Everton e Alisson do lado esquerdo. São jogadores de nível semelhante _ vejo Alisson um pouco acima _ e podem crescer com a perspectiva de que a evolução lhes garantirá um lugar entre os titulares. Velozes e dribladores, tendem a dar ao Grêmio a profundidade que o time perdeu quando Pedro Rocha partiu.

CONCORRÊNCIA 2 — A Everton, ainda parece faltar disciplina na recomposição para combinar com o ímpeto para o drible e o bom aproveitamento nas finalizações. Alisson faz melhor o trabalho defensivo (não tão bem quanto Pedro Rocha), tem drible fácil, mas peca no acabamento das jogadas. Se apenas um dos dois resolver suas carências, o Grêmio pode ter, de novo, um jogador parecido com o herói do título da Copa do Brasil. E, de quebra, um reserva de confiança no banco de reservas.


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