Na quarta-feira que passou, o mundo esportivo pode presenciar, cada uma a seu tempo, duas partidas de altíssimo nível. À tarde, assistimos ao Real Madrid – em crise – contra o Paris Saint-Germain e, após, à noite, uma luta entre dois copeiros da América do Sul. Nada mais, nada menos do que o tricampeão da América contra o atual campeão da Copa Sul-Americana e maior vencedor da Libertadores.

Grêmio e Independiente fizeram jus ao título de clubes copeiros. Foi um grande jogo. Não tenho dúvidas de que, caso o Tricolor estivesse bem preparado e com ritmo de jogo, poderia ter vencido, devido à expulsão do atleta do time argentino, que cansou na segunda etapa.

Já fiz uma menção na coluna de ontem e preciso repetir: que grande zagueiro é este Kannemann! Jogou uma extraordinária partida contra seus conterrâneos, exuberante na defesa, bem como na liderança exercida no jogo. Lamento que tenha sido visto em seu país antes de uma Copa do Mundo e que, agora, corramos o risco de vê-lo convocado para o Mundial. Nenhum zagueiro chega aos pés de Kannemann. Que fase extraordinária. E que dupla forma com Geromel, outro craque da zaga.

Tudo em aberto

Mas, o título em si, continua em aberto. O jogo de volta na Arena é muito perigoso. Os argentinos jogam de forma igual dentro e fora de casa, ou seja, não se amedrontam. Renato terá de preparar um esquema de jogo muito especial, a escalação mais adequada possível, porque será uma pedreira. Temos muita chance de conquistar o título, mas os argentinos merecem todo o respeito do mundo.